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CRIME
Ministério Público do Rio vai pedir a prisão preventiva de Frankie Mackey pela morte de Amaury Veras, em 2004
Estilista é denunciado pela morte de sócio
MARCELO GAZZANEO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
O Ministério Público do Rio vai
pedir a prisão preventiva do estilista Frankie Mackey, que foi denunciado pelo órgão pela morte
do sócio Amaury Veras, 53, ocorrida em setembro de 2004. A informação foi dada ontem pelo
"Jornal Nacional", da Globo.
Mackey faltou à audiência marcada para ontem, no Tribunal de
Júri do Rio, e estaria fora do Brasil. Segundo o telejornal, o advogado de Mackey deixou o caso há
um mês.
O pedido de prisão deverá ser
feito na quinta-feira. Se for aceito
pela Justiça e o estilista não se
apresentar, ele será considerado
foragido. Os dois eram sócios na
grife Frankie & Amaury, uma das
mais famosas do Rio.
Mackey foi denunciado pelo
Ministério Público por homicídio
duplamente qualificado. Com base no laudo cadavérico realizado
no corpo de Veras, os promotores
concluíram que Mackey desferiu
o golpe que o levou à morte e, depois, ainda asfixiou a vítima.
Veras foi encontrado morto por
Mackey em seu quarto, num
apartamento no Arpoador (zona
sul do Rio), no dia 2 de setembro
de 2004. No pescoço, a vítima tinha uma echarpe amarrada com
um nó e presa à porta de uma varanda do apartamento. O estilista
tinha um ferimento na nuca e outro na testa.
Veras e Mackey dividiam o
apartamento havia cerca de um
ano na época do crime.
A primeira versão do caso, com
base em relatos do próprio Mackey, era a de que Veras havia cometido suicídio. Segundo o ex-sócio, ele estaria em depressão porque estaria passando por problemas financeiros e teria contraído
hepatite C.
As duas informações, na época,
foram desmentidas por parentes e
amigos de Veras. A médica de Veras, Doris Israel, negou, na época,
que o estilista tivesse hepatite C,
mas informou que ele estava em
tratamento contra crises depressivas e que era diabético.
Mackey chegou a contar que, ao
encontrar Veras caído no quarto,
com a echarpe no pescoço, ainda
tentou reanimá-lo. Investigações
da polícia, no entanto, acabaram
comprovando que o estilista havia sido assassinado.
Os exames cadavéricos, realizados por legistas do IML (Instituto
Médico Legal), indicaram morte
por fratura de ossos na base do
crânio e asfixia. A lesão, ainda segundo os legistas, foi feita antes de
Veras ser asfixiado.
Com base no laudo do IML, a
polícia passou a investigar o caso
como homicídio. Em maio do
ano passado, a polícia fez duas reconstituições do crime, com a
presença de Mackey.
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