São Paulo, terça-feira, 17 de janeiro de 2006

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CRIME

Ministério Público do Rio vai pedir a prisão preventiva de Frankie Mackey pela morte de Amaury Veras, em 2004

Estilista é denunciado pela morte de sócio

MARCELO GAZZANEO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O Ministério Público do Rio vai pedir a prisão preventiva do estilista Frankie Mackey, que foi denunciado pelo órgão pela morte do sócio Amaury Veras, 53, ocorrida em setembro de 2004. A informação foi dada ontem pelo "Jornal Nacional", da Globo.
Mackey faltou à audiência marcada para ontem, no Tribunal de Júri do Rio, e estaria fora do Brasil. Segundo o telejornal, o advogado de Mackey deixou o caso há um mês.
O pedido de prisão deverá ser feito na quinta-feira. Se for aceito pela Justiça e o estilista não se apresentar, ele será considerado foragido. Os dois eram sócios na grife Frankie & Amaury, uma das mais famosas do Rio.
Mackey foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado. Com base no laudo cadavérico realizado no corpo de Veras, os promotores concluíram que Mackey desferiu o golpe que o levou à morte e, depois, ainda asfixiou a vítima.
Veras foi encontrado morto por Mackey em seu quarto, num apartamento no Arpoador (zona sul do Rio), no dia 2 de setembro de 2004. No pescoço, a vítima tinha uma echarpe amarrada com um nó e presa à porta de uma varanda do apartamento. O estilista tinha um ferimento na nuca e outro na testa.
Veras e Mackey dividiam o apartamento havia cerca de um ano na época do crime.
A primeira versão do caso, com base em relatos do próprio Mackey, era a de que Veras havia cometido suicídio. Segundo o ex-sócio, ele estaria em depressão porque estaria passando por problemas financeiros e teria contraído hepatite C.
As duas informações, na época, foram desmentidas por parentes e amigos de Veras. A médica de Veras, Doris Israel, negou, na época, que o estilista tivesse hepatite C, mas informou que ele estava em tratamento contra crises depressivas e que era diabético.
Mackey chegou a contar que, ao encontrar Veras caído no quarto, com a echarpe no pescoço, ainda tentou reanimá-lo. Investigações da polícia, no entanto, acabaram comprovando que o estilista havia sido assassinado.
Os exames cadavéricos, realizados por legistas do IML (Instituto Médico Legal), indicaram morte por fratura de ossos na base do crânio e asfixia. A lesão, ainda segundo os legistas, foi feita antes de Veras ser asfixiado.
Com base no laudo do IML, a polícia passou a investigar o caso como homicídio. Em maio do ano passado, a polícia fez duas reconstituições do crime, com a presença de Mackey.


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