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Estado comandará atuação da Força Nacional
DA SUCURSAL DO RIO
Apesar de ter um comandante próprio, o coronel Aurélio
Ferreira Rodrigues, a Força
Nacional de Segurança vai
atuar sob determinação e
orientação do governo do Estado. A previsão é que amanhã
comece a operação Divisa Integrada, de patrulhamento em
estradas para impedir a entrada de drogas e armas no Rio.
"É um plano do Estado do
Rio de Janeiro, nós estamos
apenas cooperando, articulando o apoio das tropas de 26 unidades federativas. Não é uma
tropa federal, é uma tropa federativa, que vai atuar de acordo
com o plano que estará sendo
elaborado pelo governo do Estado do Rio", afirmou o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa.
Segundo ele, a medida provisória assinada pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva anteontem, que diz que as atividades da tropa "serão desenvolvidas pela União", apenas regulamentou algumas medidas de
cunho administrativa. "Nós
coordenamos o esforço de articulação e não de operação."
Sobre isso, o subsecretário de
Planejamento Operacional da
Secretaria de Segurança Pública, Roberto Sá, disse que as tropas da Divisa Integrada terão
seus próprios comandantes,
que deverão reportar os fatos
para a Secretaria de Segurança.
Sá afirmou ainda que poderá
haver atraso da ocupação da
FNS em alguns pontos das divisas do Estado em razão das más
condições das rodovias, principalmente nas regiões Norte,
Noroeste e Serrana, que foram
castigadas pelas chuvas.
Não foi divulgado se as tropas
nacionais ocuparão os 19 pontos previstos pelo Estado.
Corrêa participou, com o governador Sérgio Cabral
(PMDB), da revista da tropa de
500 policiais militares e bombeiros da FNS. Eles estão hospedados no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PM, em Sulacap (zona
oeste), e usarão 52 carros para
patrulhar 19 pontos em rodovias estaduais e federais.
A tropa chegou na noite de
domingo no Rio e está recebendo orientações sobre as tarefas
que vão cumprir, de acordo
com o coordenador da FNS, coronel Ferreira. Eles devem permanecer na operação por, no
mínimo, 90 dias. No entanto, o
grupo já ficará no Rio para fazer
a segurança das instalações
destinadas ao Pan, a partir do
momento em que forem oficialmente entregues. A previsão é, em fevereiro, a Vila Pan-Americana (local de concentração dos atletas) esteja pronta.
(TALITA FIGUEIREDO E MARIO HUGO MONKEN)
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