São Paulo, quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

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Estado comandará atuação da Força Nacional

DA SUCURSAL DO RIO

Apesar de ter um comandante próprio, o coronel Aurélio Ferreira Rodrigues, a Força Nacional de Segurança vai atuar sob determinação e orientação do governo do Estado. A previsão é que amanhã comece a operação Divisa Integrada, de patrulhamento em estradas para impedir a entrada de drogas e armas no Rio.
"É um plano do Estado do Rio de Janeiro, nós estamos apenas cooperando, articulando o apoio das tropas de 26 unidades federativas. Não é uma tropa federal, é uma tropa federativa, que vai atuar de acordo com o plano que estará sendo elaborado pelo governo do Estado do Rio", afirmou o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa.
Segundo ele, a medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva anteontem, que diz que as atividades da tropa "serão desenvolvidas pela União", apenas regulamentou algumas medidas de cunho administrativa. "Nós coordenamos o esforço de articulação e não de operação."
Sobre isso, o subsecretário de Planejamento Operacional da Secretaria de Segurança Pública, Roberto Sá, disse que as tropas da Divisa Integrada terão seus próprios comandantes, que deverão reportar os fatos para a Secretaria de Segurança.
Sá afirmou ainda que poderá haver atraso da ocupação da FNS em alguns pontos das divisas do Estado em razão das más condições das rodovias, principalmente nas regiões Norte, Noroeste e Serrana, que foram castigadas pelas chuvas.
Não foi divulgado se as tropas nacionais ocuparão os 19 pontos previstos pelo Estado.
Corrêa participou, com o governador Sérgio Cabral (PMDB), da revista da tropa de 500 policiais militares e bombeiros da FNS. Eles estão hospedados no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PM, em Sulacap (zona oeste), e usarão 52 carros para patrulhar 19 pontos em rodovias estaduais e federais.
A tropa chegou na noite de domingo no Rio e está recebendo orientações sobre as tarefas que vão cumprir, de acordo com o coordenador da FNS, coronel Ferreira. Eles devem permanecer na operação por, no mínimo, 90 dias. No entanto, o grupo já ficará no Rio para fazer a segurança das instalações destinadas ao Pan, a partir do momento em que forem oficialmente entregues. A previsão é, em fevereiro, a Vila Pan-Americana (local de concentração dos atletas) esteja pronta. (TALITA FIGUEIREDO E MARIO HUGO MONKEN)


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