São Paulo, quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

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Para consultor, faixa exclusiva reduz mortes

DA REPORTAGEM LOCAL

O consultor de trânsito e transporte Luís Antônio Seraphim, mentor da faixa exclusiva para motos na avenida 23 de Maio, defende a medida como forma de reduzir mortes, embora concorde que ela privilegia o transporte individual no lugar do coletivo.
"Uma coisa é certa: 1.300, 1.400 motos por hora não podem passar entre carros. Se a CET consegue tirar essas motos de lá, proibir, e dar segurança para ela em outro lugar, ótimo. Se não, tem que segregar", diz Seraphim, que em 2000, por meio do Instituto de Engenharia, fez o primeiro estudo de viabilidade da faixa.
"A faixa exclusiva existe já, mas está no lugar errado", diz, em referência à circulação entre os carros.
Sobre a decisão de proibir motos nas vias expressas das marginais, Seraphim diz ter uma preocupação em relação à potencialização de riscos nas pistas locais, com a concentração de motos ali.
"Se já acontece o volume de acidentes que tem hoje na local, se você aumenta o volume, logicamente você aumenta a possibilidade de acidentes."
Ele aponta outro possível efeito negativo, que acha que deve ser avaliado: a migração dos motoboys para vias paralelas, como Berrini e Faria Lima, que têm grande movimento de pedestres. "A CET precisa ampliar a área de estudo para essas vias. Se não comparar o antes e o depois também nessas vias, não vai ter o resultado efetivo da medida." (ES)


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