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Promotoria pede que Justiça feche o Masp
Museu só poderá reabrir depois de resolver falhas, entre as quais falta de licença de funcionamento, diz a ação
RICARDO WESTIN
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público do Estado de São Paulo pediu ontem
à Justiça que o Masp (Museu de
Arte de São Paulo) seja imediatamente fechado e só possa ser
reaberto depois de resolver
uma série de falhas -como a
falta da licença de operação, do
atestado de vistoria do Corpo
de Bombeiros e as quantidades
insuficientes de hidrantes e saídas de emergência.
Se a Justiça aceitar os argumentos que embasam a ação civil pública da promotora Mariza Tucunduva, todo o acervo do
Masp terá de ser transferido
para a Pinacoteca do Estado e
só poderá voltar quando os problemas estiverem resolvidos.
O Masp passou 22 dias fechado e foi reaberto na sexta-feira,
após a polícia ter recuperado
um quadro de Pablo Picasso e
outro de Candido Portinari que
haviam sido furtados em 20 de
dezembro. O crime chamou a
atenção para as precárias condições de segurança do museu.
"O local não oferece segurança para os visitantes, para os
funcionários nem para o acervo. A qualquer momento pode
haver haver um sinistro", afirmou Tucunduva, referindo-se
ao risco de um incêndio.
A promotora se disse surpresa com o fato de o museu não
ter licença para funcionamento
e acusou a Prefeitura de São
Paulo de "negligência", por não
ter feito a devida fiscalização
nem fechado o local para as
adaptações necessárias.
Na ação, Tucunduva pediu à
Justiça que imponha à prefeitura uma multa diária de R$ 60
mil caso o Masp não seja fechado para as adaptações pedidas.
Ela lembrou que, além de ser
obrigação do município fiscalizar a segurança dos imóveis da
cidade, o prédio onde funciona
o Masp pertence à prefeitura.
A Secretaria de Habitação
disse que só falará sobre o caso
após a decisão da Justiça.
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