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Reserva para Carnaval da Bahia supera 2009
A menos de um mês da folia, ocupação em hotéis de Salvador já ultrapassou os 70%; na mesma época no ano passado, percentual foi de 65%
Em Pernambuco, situação não é diferente, pois há lista de espera em alguns locais; para empresários, fim da crise explica em parte a expansão
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
MATHEUS MAGENTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
A menos de um mês do Carnaval, as reservas em hotéis de
Salvador e Recife para a folia já
ultrapassaram os índices alcançados no mesmo período do
ano passado, segundo levantamento feito nos Estados pela
ABIH (Associação Brasileira da
Indústria de Hotéis).
Em 2009, a taxa de ocupação
média na capital baiana foi de
65%. Neste ano, o percentual já
supera os 70%, e a expectativa é
de que ultrapasse os 85%. Há
hotéis nos circuitos do Carnaval com 100% reservado.
Em Pernambuco, existem
listas de espera em alguns estabelecimentos. A taxa de ocupação nos principais destinos
-Grande Recife e litoral sul-
deverá alcançar 100%. Em
2009, o percentual foi de 96%.
Para os empresários, o fim da
crise econômica explica em
parte a expansão neste ano. "O
primeiro semestre de 2009 foi
o pior desde 2001, mas o temor
da gripe suína também afastou
o turista", disse Silvio Pessoa,
presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Salvador e Litoral
Norte da Bahia.
Sem crise e sem o temor da
gripe, o Nordeste voltou ao foco
em 2010. Estratégias empresariais e o calendário que deixou
o Carnaval no meio das férias
também contribuíram.
Em Salvador, a rede hoteleira, que conta com 35 mil leitos,
não reajusta suas tarifas desde
2007. A cidade deve receber
mais de 500 mil turistas durante a semana de festejos, segundo o governo estadual.
Em Pernambuco, a taxa de
ocupação nos hotéis cresce
desde 2007, quando governo e
empresários formataram um
novo perfil para o setor no Estado, unindo a visita de lazer ao
turismo de negócios e cultura.
A estratégia, que elevou o
percentual médio de ocupação
da rede hoteleira de 60% para
84% em três anos, provocou
também reajuste de até 60%
nos valores das diárias.
A superlotação nos hotéis
também favorece o mercado
informal. Em Olinda, famílias
que moram no centro histórico
alugaram suas casas com até
seis meses de antecedência.
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