São Paulo, domingo, 17 de janeiro de 2010

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Reserva para Carnaval da Bahia supera 2009

A menos de um mês da folia, ocupação em hotéis de Salvador já ultrapassou os 70%; na mesma época no ano passado, percentual foi de 65%

Em Pernambuco, situação não é diferente, pois há lista de espera em alguns locais; para empresários, fim da crise explica em parte a expansão

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
MATHEUS MAGENTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

A menos de um mês do Carnaval, as reservas em hotéis de Salvador e Recife para a folia já ultrapassaram os índices alcançados no mesmo período do ano passado, segundo levantamento feito nos Estados pela ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis).
Em 2009, a taxa de ocupação média na capital baiana foi de 65%. Neste ano, o percentual já supera os 70%, e a expectativa é de que ultrapasse os 85%. Há hotéis nos circuitos do Carnaval com 100% reservado.
Em Pernambuco, existem listas de espera em alguns estabelecimentos. A taxa de ocupação nos principais destinos -Grande Recife e litoral sul- deverá alcançar 100%. Em 2009, o percentual foi de 96%.
Para os empresários, o fim da crise econômica explica em parte a expansão neste ano. "O primeiro semestre de 2009 foi o pior desde 2001, mas o temor da gripe suína também afastou o turista", disse Silvio Pessoa, presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Salvador e Litoral Norte da Bahia.
Sem crise e sem o temor da gripe, o Nordeste voltou ao foco em 2010. Estratégias empresariais e o calendário que deixou o Carnaval no meio das férias também contribuíram.
Em Salvador, a rede hoteleira, que conta com 35 mil leitos, não reajusta suas tarifas desde 2007. A cidade deve receber mais de 500 mil turistas durante a semana de festejos, segundo o governo estadual.
Em Pernambuco, a taxa de ocupação nos hotéis cresce desde 2007, quando governo e empresários formataram um novo perfil para o setor no Estado, unindo a visita de lazer ao turismo de negócios e cultura.
A estratégia, que elevou o percentual médio de ocupação da rede hoteleira de 60% para 84% em três anos, provocou também reajuste de até 60% nos valores das diárias.
A superlotação nos hotéis também favorece o mercado informal. Em Olinda, famílias que moram no centro histórico alugaram suas casas com até seis meses de antecedência.


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