São Paulo, sábado, 17 de fevereiro de 2007

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Ladrões fazem arrastão em condomínio na Bela Vista

Grupo armado rendeu o porteiro do prédio quando ele colocava o lixo na rua

Cinco apartamentos foram assaltados; com a chegada da polícia, alertada por um morador, dois foram presos e os demais fugiram

DA REPORTAGEM LOCAL

Pela quarta vez neste ano, assaltantes fizeram um arrastão em um condomínio de luxo na capital paulista. Pelo menos dez criminosos invadiram um prédio de alto padrão na Bela Vista (centro), anteontem à noite, e roubaram moradores de cinco apartamentos.
Os assaltantes levaram dinheiro e jóias. Os outros casos neste ano ocorreram nos Jardins, em Pinheiros e em Perdizes, na zona oeste da capital paulista. Em 2006, a cidade registrou 15 arrastões contra 32 casos em 2005.
Anteontem à noite, o porteiro do prédio localizado na alameda Campinas, esquina com a rua São Carlos do Pinhal, foi surpreendido pelos assaltantes quando depositava lixo fora da área do condomínio.
Ele disse à polícia que um automóvel Santana chegou em alta velocidade e pelo menos sete homens apareceram -alguns usavam capuz. O porteiro foi obrigado a abrir o portão para a entrada de um segundo carro, com mais assaltantes.
Os moradores dos apartamentos -um por andar- foram surpreendidos quando chegavam ou saíam. Eles foram feitos reféns em um banheiro no andar térreo do prédio. Os assaltantes levaram dinheiro, relógios de grife e jóias.
Um morador do prédio chamou a PM. Os policiais conseguiram prender dois ladrões. Segundo a polícia, Márcio Augusto Evaristo dos Santos, 22, e Adeílson de Souza Carvalho, 25, abandonaram as armas e tentaram se passar por vítimas, mas foram descobertos.
Eles portavam uma submetralhadora de fabricação caseira e uma pistola. A reportagem não conseguiu falar com os dois suspeitos. Os outros ladrões conseguiram fugir antes da chegada da polícia. Eles levaram a fita com as imagens do circuito interno de televisão.
Para a polícia, o registro de quatro arrastões em 45 dias -em 2006, a média mensal ficou em 1,25- não significa tendência de aumento. Segundo o delegado Edison Di Santi, do Deic (Departamento de Estadual de Investigações sobre o Crime Organizado), o número de casos costuma se concentrar no começo e no final do ano.


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