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VIOLÊNCIA
Desde o Carnaval, 14 já morreram na Pedreira
Após tiroteio em morro do Rio, PM acha três corpos em porta-malas
DA SUCURSAL DO RIO
Cinco pessoas morreram na
madrugada de ontem no morro
da Pedreira, em Costa Barros, na
zona norte do Rio. Com isso, desde o final do Carnaval, chegam a
14 as mortes no morro -reduto e
possível refúgio do traficante
mais procurado do Rio, Paulo César Silva dos Santos, o Linho, líder
da facção Terceiro Comando.
Policiais do 9º BPM (Batalhão
de Polícia Militar) trocaram tiros
com supostos traficantes, matando dois deles, ainda não identificados. Os dois homens estavam
perto de um Palio em cujo porta-malas havia mais três corpos.
A polícia suspeita de envolvimento dos mortos com o tráfico
de drogas. De manhã, a PM (Polícia Militar) ocupou a região.
O morro da Pedreira tem sido
alvo de sucessivas operações policiais de busca a Linho. No dia 6 de
março, sete supostos traficantes
morreram em confronto com policiais civis que invadiram a favela
em busca de armas. Em 10 de
março, uma ação da PM resultou
nas mortes de um suposto traficante e de um garoto de 12 anos.
No total, pelo menos nove pessoas morreram baleadas -três
PMs e seis supostos traficantes-
no Rio de Janeiro no primeiro fim
de semana após o acordo, anunciado sexta-feira, dos governos federal e estadual para combater a
criminalidade no Estado. Foi o
primeiro fim de semana desde o
Carnaval sem a presença das Forças Armadas no patrulhamento
das ruas. Três policiais morreram
neste período e pelo menos 11 policiais foram mortos desde 24 de
fevereiro, quando traficantes iniciaram ataques no Rio.
Na madrugada de ontem, morreu o soldado PM Cléber Luís Ribeiro, internado em estado grave
desde sexta à noite, depois de ser
baleado nas costas e na cabeça durante uma troca de tiros em Campos (278 km ao norte do Rio).
Na madrugada de sábado, o sargento PM Marcelo José de Almeida foi morto com oito tiros em assalto a uma padaria em Colégio
(zona norte). Ele estava de folga.
Outro assalto causou a morte do
cabo reformado da PM José Roberto Soares Bacour, em Piedade
(zona norte). Segundo a polícia,
ele reagiu a um assalto e foi morto
com dez tiros.
No sábado, o soldado Rodney
Miguel Arcanjo levou um tiro de
raspão na cabeça quando reagiu a
uma tentativa de assalto. O soldado Francisco Roberto de Almeida
foi baleado no quadril em perseguição a dois ladrões de carros,
em São Cristóvão (zona norte).
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