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MULHERES DE AREIA
Associação de moradores de Copacabana diz que não fez queixa
Estátuas sensuais voltam à praia
DA SUCURSAL DO RIO
As mulheres de areia de Copacabana voltarão a se exibir em
poses sensuais. Após dois dias
de polêmica e uma escultura
destruída, o comandante do 19º
BPM (Batalhão de Polícia Militar), em Copacabana, Dario
Cony, voltou atrás na decisão de
proibir que as estátuas na praia
fossem esculpidas com partes
íntimas do corpo à mostra.
Anteontem, policiais obrigaram o escultor de areia Robson
da Lua, 21, a cobrir com um pano as nádegas de Paloma, nome
com que batizou sua mulher de
areia. Algumas esculturas mostram mulheres deitadas de costas com as pernas entreabertas.
"Cheguei hoje [ontem] de manhã e a Paloma estava destruída.
Mas não me abalei e comecei a
fazer a Cíntia Cristina. Não é
pornografia, é um trabalho de
arte", disse ele, que trabalha no
mesmo ponto há 14 anos. Foi lá
que ele aprendeu a arte, num
curso dado pelo colombiano
Alonso Gomes.
Segundo Lua, policiais do 19º
BPM alegaram anteontem que
moradores teriam reclamado
que as obras seriam pornográficas. O comandante não atendeu
aos telefonemas da Folha.
"Nunca nenhum morador ou
turista se mostrou chocado. Pelo contrário, sempre elogiam",
afirmou o escultor.
A presidente da Amacopa
(Associação de Moradores e
Amigos de Copacabana),
Myrian de Pinho Barbosa, disse
que a reclamação não veio de lá.
Para ela, as esculturas de areia
são "marca de Copacabana".
Moradora do bairro há 40
anos, Aurora Duarte, 71, diz que
o comandante deveria "se preocupar em tirar de Copacabana a
prostituição e o tráfico".
Outros artistas, porém, criticam Lua. Isac Couto, 31, disse
que as mulheres que esculpe
têm apenas os seios à mostra.
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