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BAHIA
Ação é movida por alunos que não tiveram diploma reconhecido pelo MEC
Faculdade é condenada por dano moral
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
O juiz André de Souza Dantas
Vieira, da 2ª Vara Cível de Salvador, condenou a Primeira Igreja
Batista do Brasil e a Faculdade
Evangélica de Salvador a pagar
uma indenização de R$ 1,665 milhão por danos morais a 15 estudantes.
Os alunos cursaram pedagogia
e música na instituição, em 1997, e
não tiveram os seus diplomas reconhecidos pelo MEC (Ministério
da Educação). Cada um vai receber R$ 111 mil.
De acordo com a ação, somente
depois que efetuaram as suas matrículas é que os estudantes foram
informados pela instituição de
que os dois cursos ainda não eram
reconhecidos pelo MEC.
Segundo os advogados contratados pelos estudantes, o reitor da
faculdade à época, o pastor Ivan
Pitzes, teria dito aos universitários
que a tramitação para o reconhecimento dos cursos estava dentro
dos prazos.
Três anos após o início das aulas, os alunos de pedagogia e música foram informados de que os
cursos não haviam sido reconhecidos pelo MEC "por problemas
de nomenclatura".
No dia 22 de fevereiro de 2002, o
curso de pedagogia foi reconhecido pelo governo federal, mas o
MEC negou o pedido apresentado pela faculdade para validar o
diploma dos estudantes.
A mesma medida foi adotada
em relação ao curso de música,
reconhecido em 2003. Em sua
sentença, o juiz disse que a faculdade prejudicou os estudantes.
A Folha entrou em contato ontem à noite com a Primeira Igreja
Batista do Brasil e com a Faculdade Evangélica de Salvador. Funcionários informaram que os responsáveis pela instituição estavam em reunião e não poderiam
ser interrompidos. A faculdade
pode recorrer da decisão.
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