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Indiciamento por protestos durante enterro é pedido
DA SUCURSAL DO RIO
O secretário Anthony Garotinho (Segurança Pública)
determinou ontem o indiciamento, por apologia ao
crime, de todas as pessoas
que cantaram músicas e fizeram gestos de exaltação ao
tráfico e ao CV (Comando
Vermelho) no enterro do
traficante Luciano Barbosa
da Silva, o Lulu da Rocinha.
A mando do secretário, a
Polícia Militar do Rio gravou
o velório e o sepultamento,
no cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul). A
Polícia Civil tentará agora
identificar quem fez CV com
as mãos e cantou músicas.
Para Carlos Costa, morador da Rocinha e coordenador de segurança pública do
movimento Viva Rio, é preciso saber se é juridicamente
possível indiciar quem se
manifestou. "Ninguém pode
dizer com certeza que as manifestações foram orquestradas. Muita gente que estava
lá conhecia o Lulu desde menino e tinha apreço por ele,
independentemente dos caminhos que ele tomou."
Ele disse não saber se Lulu
dava assistência a famílias
para obter a simpatia delas.
"Se ficar provado que moradores que se manifestaram
têm ligação com o tráfico, o
secretário terá cumprido seu
papel." A detenção por apologia ao tráfico, crime afiançável, é de até seis meses.
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