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SP prevê construir 400 residências terapêuticas
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo afirma que
irá construir 400 residências
terapêuticas para atender a
3.300 pacientes que estão internados há mais de um ano
por problemas como falta de
estrutura familiar. A secretaria
afirma que negocia os locais
com as prefeituras.
As residências são locais de
reinserção para até oito pacientes que acabam continuando o
tratamento nos Caps.
O plano da secretaria, anunciado no final do ano passado, é
investir R$ 15 milhões para
transferir em três anos até
6.349 pacientes internados há
mais de um ano. Os pacientes
ficarão em residências terapêuticas em suas cidades. Hoje,
1.500 pacientes vivem em cerca
de 200 residências no Estado.
"A ideia é tirar dos hospitais
esses pacientes crônicos, que
não precisam mais de cuidados
da área de saúde mental, mas
que perderam seus vínculos familiares. São alojados em residências, recebem uma verba do
governo federal para se manter
e seguem o tratamento", diz o
secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, que é
defensor da existência dos leitos psiquiátricos para determinados estágios de tratamento.
O Estado tem 12 mil leitos
psiquiátricos e segue a tendência de desospitalização do resto
do país. No Complexo Hospitalar do Juquery, em Franco da
Rocha (Grande São Paulo), que
já teve 18 mil pacientes internados, há atualmente 280 -50
em fase aguda de tratamento. A
intenção é que a maioria deles
também migre para residências terapêuticas.
Pinel
No Hospital Psiquiátrico Pinel, em Pirituba (zona norte de
São Paulo), o tempo de internação dos pacientes é hoje, em
média, de 15 dias, de acordo
com o diretor-geral do hospital,
Eduardo Guidolin.
Ele conta que, há sete anos,
quando assumiu a direção, a
média era de 40 dias. "Antes, o
paciente passava a morar no
hospital por 30, 40 anos. O hospital não é lugar de morar, é lugar de se tratar quando se está
doente", afirma Guidolin.
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