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JOÃO SANTOS (1907-2009)
Cimento Nassau e outros empreendimentos
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
A velha máxima dos investidores, de não concentrar as
aplicações em um só negócio, teve no industrial e economista pernambucano
João Santos, 101, um dos
maiores exemplos.
Dono da fábrica de cimento Nassau, também atuava
nos setores sucroalcooleiro,
de comunicação e de táxi-aéreo. Ao lado da Odebrecht e
da Queiroz Galvão, o grupo,
que leva seu nome, é considerado um dos três mais importantes do Nordeste.
Santos nasceu em Vila Bela, município de Serra Talhada, a 420 km de Recife. Formado em ciências econômicas, casou-se aos 27 com Maria Regueira dos Santos, com
quem teve sete filhos.
Nos três anos seguintes,
comprou duas usinas de cana-de-açúcar em sociedade
com amigos. Depois, adquiriu o controle acionário das
empresas e, em 1951, ergueu
a fábrica de cimento Nassau.
A partir daí, passou a diversificar ainda mais seus
empreendimentos. No setor
de comunicação, Santos era
dono da rede Tribuna de rádio e TV, retransmissora da
Record no Estado. Seu conglomerado emprega cerca de
10.000 pessoas.
No dia 31 de março, o empresário foi internado com
febre. Depois de sete dias, recebeu alta médica, mas, na
tarde de anteontem, voltou a
ser hospitalizado e, às 21h25,
Santos morreu em Recife,
após parada cardíaca.
Pernambuco decretou luto
oficial de três dias. Santos foi
enterrado ontem, no cemitério de Santo Amaro, Recife.
obituario@grupofolha.com.br
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