São Paulo, quarta-feira, 17 de maio de 2000


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Caixas-d'água são solução na região de Cotia

DA REPORTAGEM LOCAL

Em Cotia (Grande São Paulo), onde a população enfrenta o racionamento desde 11 de abril, moradores recorrem a caixas-d" água e tonéis de armazenamento para passar até três dias sem água.
A solução impede que banheiros, roupas e pratos não sejam lavados, que as crianças fiquem sem tomar banho e permite fazer a comida. Entretanto, a qualidade da água fica comprometida.
Parada, ela perde sua concentração de cloro -que protege contra micróbios- e é o ambiente ideal para proliferação de mosquitos que podem transmitir doenças como a dengue.
Delfina Pereira Alves, 32, diz que tem medo de usar a água do tambor e da caixa de 500 litros. Na casa moram seis pessoas, que ficam em média dois dias sem água. "Não dá nem para tomar banho direito", reclama.
Valdomiro de Almeida Jr. tem um bar no bairro de Atalaia e diz que o maior problema é a higiene. "Não dá para fazer a limpeza 100%", afirma. Ele tem uma caixa de 500 e um tambor de cem litros.
Segundo a Sabesp, o racionamento na região servida pelo sistema do Alto Cotia (que abrange ainda Embu, Embu-Guaçu e Itapecerica da Serra) deveria ter dois dias com água para um dia sem, mas nem sempre isso acontece.
Na oficina de Paulino Batista, no centro de Cotia, faltou água por três dias seguidos. Em casa ele resolveu o problema com um poço e tem ajudado vizinhos que não têm alternativa para a água da Sabesp.


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