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Caixas-d'água são solução na região de Cotia
DA REPORTAGEM LOCAL
Em Cotia (Grande São Paulo),
onde a população enfrenta o racionamento desde 11 de abril, moradores recorrem a caixas-d" água
e tonéis de armazenamento para
passar até três dias sem água.
A solução impede que banheiros, roupas e pratos não sejam lavados, que as crianças fiquem
sem tomar banho e permite fazer
a comida. Entretanto, a qualidade
da água fica comprometida.
Parada, ela perde sua concentração de cloro -que protege
contra micróbios- e é o ambiente ideal para proliferação de mosquitos que podem transmitir
doenças como a dengue.
Delfina Pereira Alves, 32, diz
que tem medo de usar a água do
tambor e da caixa de 500 litros. Na
casa moram seis pessoas, que ficam em média dois dias sem
água. "Não dá nem para tomar
banho direito", reclama.
Valdomiro de Almeida Jr. tem
um bar no bairro de Atalaia e diz
que o maior problema é a higiene.
"Não dá para fazer a limpeza
100%", afirma. Ele tem uma caixa
de 500 e um tambor de cem litros.
Segundo a Sabesp, o racionamento na região servida pelo sistema do Alto Cotia (que abrange
ainda Embu, Embu-Guaçu e Itapecerica da Serra) deveria ter dois
dias com água para um dia sem,
mas nem sempre isso acontece.
Na oficina de Paulino Batista,
no centro de Cotia, faltou água
por três dias seguidos. Em casa ele
resolveu o problema com um poço e tem ajudado vizinhos que
não têm alternativa para a água da
Sabesp.
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