São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2001

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URBANISMO

Manifestantes não querem que obra seja feita em Perus (zona norte)

Moradores protestam contra aterro

DO "AGORA"

Moradores do bairro de Perus (zona norte de São Paulo) protestaram ontem contra a instalação de um aterro sanitário em uma área de 1,27 milhão de m2 por parte da empresa Ecolar.
A região já tem um aterro sanitário, na rodovia dos Bandeirantes, há 24 anos. Sua capacidade de operação é de mais dois anos.
"Nós já suportamos o lixo por muito tempo. Agora queremos valorizar o bairro com a reativação da ferrovia Perus-Pirapora, tombada pelo patrimônio histórico", afirmou um dos líderes do movimento "Lixão, Mais Um Não", Paulo Rodrigues.
De acordo com ele, cerca de 4.000 pessoas participaram da manifestação. Já a Polícia Militar informou que eram 2.000.
Sob o frio de 14C e uma forte chuva, os manifestantes deram início ao protesto às 4h45, em quatro pontos do bairro.
Por volta das 7h, houve confronto entre a PM e manifestantes na rua Doutor Silvio de Campos, uma das principais vias do bairro.
O tumulto começou quando o carpinteiro João Paulo Cordeiro, 27, deitou-se no chão para impedir que a PM liberasse uma das faixas da via, que estava fechada.
Os policiais usaram cassetetes, gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Algumas pessoas ficaram feridas. Cordeiro foi levado para o 46º DP e liberado em seguida.
O viaduto Ulisses Guimarães, um dos principais acessos a Perus, ficou fechado até as 10h30. O comércio só abriu às 12h. As escolas dispensaram os alunos para participarem do protesto.


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