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URBANISMO
Manifestantes não querem que obra seja feita em Perus (zona norte)
Moradores protestam contra aterro
DO "AGORA"
Moradores do bairro de Perus
(zona norte de São Paulo) protestaram ontem contra a instalação
de um aterro sanitário em uma
área de 1,27 milhão de m2 por parte da empresa Ecolar.
A região já tem um aterro sanitário, na rodovia dos Bandeirantes, há 24 anos. Sua capacidade de
operação é de mais dois anos.
"Nós já suportamos o lixo por
muito tempo. Agora queremos
valorizar o bairro com a reativação da ferrovia Perus-Pirapora,
tombada pelo patrimônio histórico", afirmou um dos líderes do
movimento "Lixão, Mais Um
Não", Paulo Rodrigues.
De acordo com ele, cerca de
4.000 pessoas participaram da
manifestação. Já a Polícia Militar
informou que eram 2.000.
Sob o frio de 14C e uma forte
chuva, os manifestantes deram
início ao protesto às 4h45, em
quatro pontos do bairro.
Por volta das 7h, houve confronto entre a PM e manifestantes
na rua Doutor Silvio de Campos,
uma das principais vias do bairro.
O tumulto começou quando o
carpinteiro João Paulo Cordeiro,
27, deitou-se no chão para impedir que a PM liberasse uma das
faixas da via, que estava fechada.
Os policiais usaram cassetetes,
gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Algumas pessoas ficaram
feridas. Cordeiro foi levado para o
46º DP e liberado em seguida.
O viaduto Ulisses Guimarães,
um dos principais acessos a Perus, ficou fechado até as 10h30. O
comércio só abriu às 12h. As escolas dispensaram os alunos para
participarem do protesto.
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