|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Parecer que aumenta autonomia de centro universitário gera polêmica
ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO
O CNE (Conselho Nacional de
Educação) aprovou em reunião
no início do mês um parecer que
está gerando polêmica entre as
universidades particulares: ele aumenta a autonomia dos centros
universitários, instituições criadas a partir de 1997 sem a obrigação de investir em pesquisa.
Dirigentes de universidades privadas alegam que, com a medida,
um centro terá quase os mesmos
direitos e a autonomia da universidade, mas não precisará investir
em pesquisa nem contratar professor com dedicação exclusiva.
Para virar lei, o parecer deve ser
homologado pelo Ministério da
Educação. Entre as mudanças está a autorização para que um centro abra curso fora da sede, desde
que seja autorizado pelo ministério após recredenciamento.
Para algumas universidades
particulares, os centros poderiam
ter cursos mais baratos e se expandir com mais facilidade. "Por
que o governo não adota um prazo para que todos os centros se
transformem em universidades,
desde que tenham competência?", indaga o vice-reitor da Uniban (Universidade Bandeirante
de São Paulo), Milton Linhares.
"O parecer será um prêmio aos
centros que demonstrarem ter
qualidade. Eles passarão por um
recredenciamento e só os que
comprovarem ter qualidade ganharão autonomia", diz Magno
Maranhão, presidente da Anaceu
(Associação Nacional dos Centros Universitários).
Em seu parecer, o conselheiro
Lauro Zimmer diz que, desde 97,
só oito universidades foram credenciadas, contra 60 centros. "A
previsão do centro universitário
funcionou como eficiente instrumento na contenção da criação de
novas universidades", diz o texto.
O ministério disse, por meio de
assessoria, que não comentaria o
parecer pois ainda não o avaliou.
Texto Anterior: Educação: 1ª fase da Fuvest terá um dia e menos testes Próximo Texto: As mudanças no calendário e na prova Índice
|