São Paulo, sexta-feira, 17 de maio de 2002

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Parecer que aumenta autonomia de centro universitário gera polêmica

ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO

O CNE (Conselho Nacional de Educação) aprovou em reunião no início do mês um parecer que está gerando polêmica entre as universidades particulares: ele aumenta a autonomia dos centros universitários, instituições criadas a partir de 1997 sem a obrigação de investir em pesquisa.
Dirigentes de universidades privadas alegam que, com a medida, um centro terá quase os mesmos direitos e a autonomia da universidade, mas não precisará investir em pesquisa nem contratar professor com dedicação exclusiva.
Para virar lei, o parecer deve ser homologado pelo Ministério da Educação. Entre as mudanças está a autorização para que um centro abra curso fora da sede, desde que seja autorizado pelo ministério após recredenciamento.
Para algumas universidades particulares, os centros poderiam ter cursos mais baratos e se expandir com mais facilidade. "Por que o governo não adota um prazo para que todos os centros se transformem em universidades, desde que tenham competência?", indaga o vice-reitor da Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo), Milton Linhares.
"O parecer será um prêmio aos centros que demonstrarem ter qualidade. Eles passarão por um recredenciamento e só os que comprovarem ter qualidade ganharão autonomia", diz Magno Maranhão, presidente da Anaceu (Associação Nacional dos Centros Universitários).
Em seu parecer, o conselheiro Lauro Zimmer diz que, desde 97, só oito universidades foram credenciadas, contra 60 centros. "A previsão do centro universitário funcionou como eficiente instrumento na contenção da criação de novas universidades", diz o texto.
O ministério disse, por meio de assessoria, que não comentaria o parecer pois ainda não o avaliou.



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