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Eliminados culpam questões e "pegadinhas"
DA REPORTAGEM LOCAL
Na sala de um cursinho preparatório para o exame da OAB ontem, os alunos criticavam a prova
e estavam inconformados com o
resultado. Reprovada pela terceira vez, Luciana Ortiz considera
que o exame teve "muitas pegadinhas" e que a área de direito tributário foi a mais complicada. "As
questões não estavam bem formuladas, não foram claras", disse.
Ela se formou em dezembro de
2003 na Faculdade de Direito de
São Bernardo do Campo, mas só
pode atuar como estagiária porque não passou ainda na prova.
"Acho que não é por falta de conhecimento que não passei."
Sua colega de cursinho Aspasia
Izabel Anastassopoulos, 27, considerou o exame o mais difícil dos
três que prestou. "Há muitas
questões [cem] e as perguntas são
muito extensas. A prova é maçante", disse ela.
Nível do ensino
O presidente da Associação
Paulista dos Estagiários de Direito, Felipe de Andrea Gomes, 27,
também não passou na prova. Ele
acredita que, em vez de dificultar
tanto o exame, a OAB deveria
olhar mais para o nível do ensino
nas faculdades de direito e ajudar
a melhorá-lo. Os alunos também
reclamam da necessidade de
prestar a primeira fase do exame
(que é de conhecimentos gerais)
de novo quando não passam na
segunda (específica para uma
área de atuação).
Na opinião da advogada criminalista e professora de cursinho
preparatório no Complexo Judiciário Damásio de Jesus, Elaine
Borges Ribeiro dos Santos, o motivo para o alto índice de reprovação é a falta de preparação e conhecimento. "Temos excelentes
faculdades de direito no Brasil,
mas algumas deixam a desejar",
afirmou.
(AFRA BALAZINA)
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