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Restaurantes reabrem,
mas movimento é fraco
CRISTIANE LEONEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Falta de funcionários, pouca
clientela e receio de ataques do
PCC foram motivos que fizeram
restaurantes paulistanos baixarem suas portas na noite de segunda feira.
Algumas redes maiores, como o
Viena e o América, encerraram o
expediente mais cedo por falta de
funcionários. Em outros casos,
como o do refinado D.O.M., o
jantar foi cancelado por precaução. "Ligamos para as pessoas que
haviam feito reservas e cancelamos o jantar por questão de segurança", explicou Márcio Ramos,
caixa do restaurante.
O restaurante Vira-Lata, em Higienópolis, também foi surpreendido pelo caos e, além do baixo
movimento do almoço, enfrentou
outro inconveniente. "O restaurante estava fechado para uma
festa com cem convidados, entre
eles Hebe Camargo e Adriane Galisteu. Como houve um tiroteio na
região, achamos melhor cancelar
[o evento]. O prejuízo foi de cerca
de R$ 11 mil", disse um dos consultores da casa, Fuad Muad.
Na região central, a situação não
foi muito diferente. A pizzaria
Speranza, localizada na rua Treze
de Maio, não abriu as portas. A
proprietária da casa, Paola Tarallo
Altieri, explica: "A nossa maior
preocupação era com o bandido
que pudesse se aproveitar do momento e assaltar o comércio".
Portas abertas
A Família Mancini, o Fasano e a
Pizza Bros estão entre a pequena
lista de restaurantes que funcionaram normalmente na noite de
anteontem. Na Família Mancini,
o movimento esteve aquém das
outras segundas-feiras. Já no Fasano, a assessoria alega que não
houve alteração na freqüência. E,
ao contrário do que se poderia
imaginar, as duas unidades da
Pizza Bros (no Itaim e em Higienópolis) receberam, no jantar,
um número de clientes superior
ao habitual. "Os clientes me agradeciam por estar aberto", diz o
proprietário, Franco Ravioli.
Desde ontem, todos os restaurantes citados nesta reportagem
estão funcionando normalmente.
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