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Vendas na segunda
caíram 50% em SP
CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL
A onda de violência que atingiu
a cidade de São Paulo provocou
reflexos diferentes no setor de comércio e de serviços.
A Associação Comercial de São
Paulo registrou uma queda média
de 50% nas vendas em lojas. O indicador utilizado para medir a atividade comercial foi o volume de
consultas ao SCPC e ao UseCheque. Às 15h da segunda-feira, esse
indicador teve um recuo de 20%.
Uma hora mais tarde, despencou
90% em relação ao primeiro dia
após o Dia das Mães de 2005.
Emílio Alfieri, economista da
ACSP, afirmou que o patamar de
queda nas vendas é semelhante ao
observado em momentos de greves de ônibus ou de trem que já
ocorreram na cidade. A preocupação da entidade é com os desdobramentos que os ataques do
PCC podem ter na confiança do
consumidor. "Temos de ver se
eles vão gastar menos por causa
do medo de outros ataques."
O caos do trânsito na capital
paulistana na segunda-feira se
traduziu em aumento de lucro para os taxistas. A cooperativa Serv-Táxi chegou a registrar três mil
chamadas na segunda-feira. A
média diária é de 1,5 mil. "Para
nós, isso representou 30% a mais
no faturamento diário", disse
Moisés Gonçalves, do departamento comercial da empresa.
Pico às 16h
A Associação de Motoristas Autônomos de Rádio Táxi Comum
recebeu duas mil chamadas, contra as 1,6 mil habituais. O pico de
atendimento foi às 16 horas. Os
pedidos de táxi vieram principalmente de empresas que queriam
transportar os funcionários para
casa por causa da falta de ônibus.
Na Coopertesp, o volume de pedidos dobrou. A maior parte da
clientela era oriunda da região
próxima ao aeroporto de Congonhas (zona sul) e do Terminal Rodoviário do Tietê (zona norte).
Segundo Sebastião da Cunha,
diretor-secretário da cooperativa,
o volume de atendimentos poderia ter sido maior. "O trânsito
atrapalhou muito. Teve uma hora
em que a cidade toda parou."
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