São Paulo, quarta-feira, 17 de maio de 2006

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Vendas na segunda caíram 50% em SP

CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL

A onda de violência que atingiu a cidade de São Paulo provocou reflexos diferentes no setor de comércio e de serviços.
A Associação Comercial de São Paulo registrou uma queda média de 50% nas vendas em lojas. O indicador utilizado para medir a atividade comercial foi o volume de consultas ao SCPC e ao UseCheque. Às 15h da segunda-feira, esse indicador teve um recuo de 20%. Uma hora mais tarde, despencou 90% em relação ao primeiro dia após o Dia das Mães de 2005.
Emílio Alfieri, economista da ACSP, afirmou que o patamar de queda nas vendas é semelhante ao observado em momentos de greves de ônibus ou de trem que já ocorreram na cidade. A preocupação da entidade é com os desdobramentos que os ataques do PCC podem ter na confiança do consumidor. "Temos de ver se eles vão gastar menos por causa do medo de outros ataques."
O caos do trânsito na capital paulistana na segunda-feira se traduziu em aumento de lucro para os taxistas. A cooperativa Serv-Táxi chegou a registrar três mil chamadas na segunda-feira. A média diária é de 1,5 mil. "Para nós, isso representou 30% a mais no faturamento diário", disse Moisés Gonçalves, do departamento comercial da empresa.

Pico às 16h
A Associação de Motoristas Autônomos de Rádio Táxi Comum recebeu duas mil chamadas, contra as 1,6 mil habituais. O pico de atendimento foi às 16 horas. Os pedidos de táxi vieram principalmente de empresas que queriam transportar os funcionários para casa por causa da falta de ônibus.
Na Coopertesp, o volume de pedidos dobrou. A maior parte da clientela era oriunda da região próxima ao aeroporto de Congonhas (zona sul) e do Terminal Rodoviário do Tietê (zona norte).
Segundo Sebastião da Cunha, diretor-secretário da cooperativa, o volume de atendimentos poderia ter sido maior. "O trânsito atrapalhou muito. Teve uma hora em que a cidade toda parou."


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