São Paulo, sábado, 17 de maio de 1997.



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Testemunha reconhece o assassino de médica

da Reportagem Local

Uma testemunha reconheceu ontem um dos membros de um grupo de ladrões preso na quarta-feira como sendo o homem que matou a médica Isaura Virgínia Santos Rosa Pinczowski.
Mesmo assim, a polícia não considera o caso esclarecido. "Queremos provas materiais", disse o delegado Naief Saad Neto, do 27º DP. O crime ocorreu em 6 de maio no Campo Belo (zona sul de São Paulo). Isaura morreu com um tiro.
Além do reconhecimento, três dos seis presos confessaram detalhadamente o assassinato da médica. Os depoimentos foram gravados em vídeo e, segundo a polícia, acompanhados por advogados e por familiares dos presos.
O acusado reconhecido é Luciano Rodrigues Cardoso, 19. Dois adolescentes também teriam participado da ação: L.N.S., 16, e E.A.S., 15. "Eles disseram que iam fazer um assalto e descreveram a cena do crime", disse Saad Neto.
Para o delegado, é certo que esses e os outros três presos formavam uma quadrilha responsável por cerca de 50 roubos de carros nos bairros do Jabaquara, Moema e Campo Belo (todos na zona sul).
A polícia ainda aguarda a conclusão do laudo de balística do Instituto de Criminalística e do laudo do IML (Instituto Médico Legal). Pretende também fazer uma reconstituição da cena do crime.
Extra-oficialmente, o IML concluiu que Isaura foi atingida por um tiro perto da axila que percorreu o interior do peito e quebrou-lhe o osso esterno. Essa fratura provocou a segunda perfuração que havia no peito da médica.
O IC está fazendo testes em um revólver calibre 38 de cano longo e reforçado. Essa arma foi uma das três que foram apreendidas com o grupo. "O caso estará fechado se os exames confirmarem que a médica foi morta por uma bala disparada por esse revólver", disse o policial. (MG)


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