CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O monumento ao índio pataxó Galdino Jesus dos Santos já está pronto para ser instalado no local onde ele foi queimado por quatro rapazes, em Brasília.
A informação foi dada pelo autor do monumento, o artista plástico Siron Franco, 49, que esta semana esteve em Belo Horizonte para inaugurar uma exposição, no 3º Encontro das Américas.
Franco disse que o monumento foi terminado no fim-de-semana passado em seu atelier em Salvador. Para fazê-lo, ele recortou uma chapa de aço com três metros de altura e 2,2 metros de largura, deixando vazar a figura de um cadáver com chamas em volta.
"Não queria que fosse uma obra de raiva (contra os assassinos), mas uma lembrança do ato".
Segundo ele, a idéia inicial era fazer um mosaico em preto-e-branco no chão só com o "levantamento cadavérico" (forma do cadáver desenhada pela perícia no chão do local de um crime).
Ele preferiu, no entanto, fazer uma escultura vertical, para dar mais "vida" à obra.



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