São Paulo, domingo, 17 de maio de 1998

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Ociosidade marca rotina de paciente

da Reportagem Local

Internado no Juquery há 30 anos, José Dias, 67, tem a mesma rotina de seus colegas de pavilhão, marcada pela ociosidade e pela falta de atividades ocupacionais.
A rotina dos internos se divide entre o leito, o pátio para banhos de sol e o galpão para alimentação.
Com o diagnóstico de psicose maníaco-depressiva, Dias afirma que gostaria de deixar o hospital.
Assim como a maioria dos doentes mentais do hospital, porém, ele não mantém contato com a família e dificilmente voltaria a encontrar um lar para morar.
Antes de ser levado para o Juquery, ele produzia vassouras artesanalmente para sobreviver.

Propostas
Com 2.133 funcionários e um orçamento anual de RS$ 12 milhões, o hospital vem elaborando uma série de medidas e projetos para tentar melhorar a qualidade de vida de seu pacientes e reintegrá-los à sociedade.
Entre as propostas da atual administração está a implantação de terapias ocupacionais e centros de atividade como o de Arte e Cultura, que será apresentado amanhã durante as comemorações do centenário do Juquery.
A proposta do governo Mário Covas, responsável pela administração do hospital, é a sua transformação gradativa num complexo hospitalar voltado para atendimento de toda a comunidade da região, como afirma a assessora técnica da Secretaria de Estado da Saúde, Elza Ferreira Lobo.



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