São Paulo, sexta-feira, 17 de junho de 2005

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CRIME ORGANIZADO

Grupo participaria de grupo de extermínio

Polícia Federal prende no Paraná PMs suspeitos de formar quadrilha

MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Numa operação que batizou de Tentáculos, a Polícia Federal prendeu ontem em Curitiba e região metropolitana 33 suspeitos de integrar uma organização criminosa liderada por policiais e ex-PMs do Paraná. A investigação teve participação direta da Secretaria da Segurança do Estado.
Os detidos são acusados de pertencer a um grupo de extermínio. Tráfico de drogas e armas, roubos e manutenção de uma empresa clandestina de segurança são outros crimes apontados.
As prisões e o cumprimento de 85 mandados de busca e apreensão começaram às 6h, com cerca de 400 policiais. Houve buscas de provas no quartel do 13º Batalhão da PM e na Colônia Penal Agrícola de Piraquara.
Cinco dos detidos são soldados da PM, um é coronel da reserva da PM que atua como advogado, um é ex-PM e outro, agente penitenciário. Dois advogados e três empresários também estão na lista.
A investigação começou com a morte do major Pedro Plocharski, em janeiro. Ele era o subcomandante do 13º Batalhão da PM e estava investigando denúncias da gangue de que teria sido vítima. O ex-tenente da PM Alberto da Silva dos Santos está preso acusado do crime, mas integrou a lista divulgada ontem como o 34º preso na operação. O advogado dele, o coronel da reserva da PM Lúcio de Mattos Júnior, está entre os presos de ontem.
Segundo o governo do Estado, por meio de uma empresa clandestina chamada Sigilo, esses policiais ofereciam segurança a comerciantes da região da CIC (Cidade Industrial de Curitiba).
Há suspeita de que a Sigilo tinha vínculo com o tenente-coronel Valdir Neves, preso e acusado de tráfico internacional de armas e formação de milícia particular a fazendeiros, crimes que ele nega.


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