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CRIME ORGANIZADO
Grupo participaria de grupo de extermínio
Polícia Federal prende no Paraná PMs suspeitos de formar quadrilha
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Numa operação que batizou de
Tentáculos, a Polícia Federal
prendeu ontem em Curitiba e região metropolitana 33 suspeitos
de integrar uma organização criminosa liderada por policiais e ex-PMs do Paraná. A investigação teve participação direta da Secretaria da Segurança do Estado.
Os detidos são acusados de pertencer a um grupo de extermínio.
Tráfico de drogas e armas, roubos
e manutenção de uma empresa
clandestina de segurança são outros crimes apontados.
As prisões e o cumprimento de
85 mandados de busca e apreensão começaram às 6h, com cerca
de 400 policiais. Houve buscas de
provas no quartel do 13º Batalhão
da PM e na Colônia Penal Agrícola de Piraquara.
Cinco dos detidos são soldados
da PM, um é coronel da reserva da
PM que atua como advogado, um
é ex-PM e outro, agente penitenciário. Dois advogados e três empresários também estão na lista.
A investigação começou com a
morte do major Pedro Plocharski,
em janeiro. Ele era o subcomandante do 13º Batalhão da PM e estava investigando denúncias da
gangue de que teria sido vítima. O
ex-tenente da PM Alberto da Silva
dos Santos está preso acusado do
crime, mas integrou a lista divulgada ontem como o 34º preso na
operação. O advogado dele, o coronel da reserva da PM Lúcio de
Mattos Júnior, está entre os presos de ontem.
Segundo o governo do Estado,
por meio de uma empresa clandestina chamada Sigilo, esses policiais ofereciam segurança a comerciantes da região da CIC (Cidade Industrial de Curitiba).
Há suspeita de que a Sigilo tinha
vínculo com o tenente-coronel
Valdir Neves, preso e acusado de
tráfico internacional de armas e
formação de milícia particular a
fazendeiros, crimes que ele nega.
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