São Paulo, sexta-feira, 17 de junho de 2005

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PODER PARALELO

Presos da penitenciária de Juiz de Fora liberaram reféns a partir das 9h

Rebelião em MG termina após 5 dias

DA AGÊNCIA FOLHA

Após aproximadamente 117 horas, terminou na manhã de ontem a rebelião no Pavilhão 2 da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, em Juiz de Fora (255 km de Belo Horizonte). O motim teve início por volta das 12h de sábado, durante o horário de visitas.
Os 16 reféns -14 parentes e dois agentes penitenciários- começaram a ser soltos às 9h de ontem. Segundo a PM, os presos foram vencidos pela fome e o cansaço. Os policiais mantinham a "operação inquietação", com vôos rasantes de helicópteros e bombas de efeito moral para impedi-los de dormir.
Sem alimentação e água, os detentos aceitaram liberar os reféns a partir das 9h. Em troca, receberam café-com-leite e pão. A Secretaria de Defesa Social disse que as reivindicações dos presos não foram atendidas e que não haveria "barganha" para garantir o fim do movimento.
Entre domingo e segunda, os rebelados liberaram 21 familiares que estavam em outro pavilhão e foram impedidos de sair por questões de segurança, mas as negociações não haviam evoluído desde então.
Os detentos amotinados pediam a transferência de seis deles para a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (região metropolitana de BH).
Eles reivindicavam ainda revisão de penas, troca na direção do presídio, instalação de um telefone público, direito ao trabalho e ao estudo, assistências jurídica, médica e religiosa.
Após a soltura, os funcionários foram levados a um pronto-socorro municipal com lesões leves, medicados e liberados. Um deles teve o dedo da mão fraturado. Os familiares foram atendidos no posto de saúde da penitenciária.
(ADRIANA CHAVES)


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