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PODER PARALELO
Presos da penitenciária de Juiz de Fora liberaram reféns a partir das 9h
Rebelião em MG termina após 5 dias
DA AGÊNCIA FOLHA
Após aproximadamente 117
horas, terminou na manhã de
ontem a rebelião no Pavilhão 2
da Penitenciária Ariosvaldo
Campos Pires, em Juiz de Fora
(255 km de Belo Horizonte). O
motim teve início por volta das
12h de sábado, durante o horário de visitas.
Os 16 reféns -14 parentes e
dois agentes penitenciários-
começaram a ser soltos às 9h de
ontem. Segundo a PM, os presos
foram vencidos pela fome e o
cansaço. Os policiais mantinham a "operação inquietação",
com vôos rasantes de helicópteros e bombas de efeito moral
para impedi-los de dormir.
Sem alimentação e água, os
detentos aceitaram liberar os reféns a partir das 9h. Em troca,
receberam café-com-leite e pão.
A Secretaria de Defesa Social
disse que as reivindicações dos
presos não foram atendidas e
que não haveria "barganha" para garantir o fim do movimento.
Entre domingo e segunda, os
rebelados liberaram 21 familiares que estavam em outro pavilhão e foram impedidos de sair
por questões de segurança, mas
as negociações não haviam evoluído desde então.
Os detentos amotinados pediam a transferência de seis deles para a penitenciária Nelson
Hungria, em Contagem (região
metropolitana de BH).
Eles reivindicavam ainda revisão de penas, troca na direção
do presídio, instalação de um telefone público, direito ao trabalho e ao estudo, assistências jurídica, médica e religiosa.
Após a soltura, os funcionários foram levados a um pronto-socorro municipal com lesões
leves, medicados e liberados.
Um deles teve o dedo da mão
fraturado. Os familiares foram
atendidos no posto de saúde da
penitenciária.
(ADRIANA CHAVES)
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