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Secretaria confirma 14 mortes em surto de raiva humana no Pará
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA
A Secretaria Estadual de Saúde
do Pará confirmou ontem mais
duas mortes devido ao surto de
raiva humana no município de
Augusto Corrêa, no nordeste do
Pará. Desde o dia 3, 14 pessoas
morreram na cidade após serem
mordidas por morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue) infectados com o vírus.
O rapaz de 25 anos e a mulher
de 50 estavam no Hospital Universitário Barros Barreto, em Belém. Ela morreu às 20h30 de quarta e ele, às 8h15 de ontem.
Todos os casos confirmados de
raiva até agora resultaram em
morte. Caso não seja tratada de
forma adequada (vacinação e soro) e rápida, pode atingir o sistema nervoso central e matar. Em
estágio avançado, não há cura.
No ano passado, os municípios
paraenses de Portel e Viseu também tiveram surtos semelhantes.
Foram 21 mortes -15 em Portel.
O Ibama (instituto brasileiro do
meio ambiente) e o Ministério da
Saúde apontam o desmatamento
sem controle como a principal
causa para o surgimento da doença nos mesmo locais, pois levou o
morcego transmissor a se aproximar do homem.
Para o diretor do Departamento
de Vigilância Epidemiológica do
Ministério da Saúde, Expedito
Luna, a maior dificuldade é conscientizar a população. "Eles não
acreditam, porque sempre foram
mordidos e nunca deu em nada."
A Secretaria de Saúde montou
12 postos de atendimento num
raio de 20 km para atender a população exposta. Mais de 850 pessoas já foram vacinadas.
Para interromper a transmissão
da doença, o órgão também vacinou mais de 1.500 cães e gatos,
além de porcos, cabras e bois.
De 1986 até o ano passado, foram registradas 703 mortes por
raiva no país (90 delas no Pará).
Só no ano passado, foram 30.
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