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CGU identifica
irregularidades
no uso da verba
DA AGÊNCIA FOLHA
A CGU (Controladoria Geral da União) identificou irregularidades no uso dos recursos destinados à recuperação de desastres em pelos
menos oito prefeituras fiscalizadas de março de 2006 a
outubro de 2007.
Os principais problemas
encontrados foram pontes
inacabadas, irregularidades
na contratação de empresas,
pagamentos por pavimentação não-executada e problemas em projetos de casas para desabrigados.
Foram encontradas falhas
em Marabá (PA), Itabaiana
(PB), Canavieira (PI), São Jerônimo (RS), Lavras da Mangabeira (CE), Araguapaz
(GO), Nova Russas (CE) e
Conceição da Barra (ES).
A CGU fiscaliza as administrações municipais aleatoriamente, por meio de sorteios, e não tem um levantamento sobre o uso dos recursos destinados à prevenção e
recuperação de desastres.
Para Valdir Agapito, secretário de Controle Interno do
órgão, há "certo abuso" no
uso da situação de emergência pelos municípios e "falta
de zêlo" na escolha das empresas contratadas.
Após o reconhecimento da
situação de emergência pelo
Estado e da homologação pela União, as prefeituras ficam
dispensadas de fazer licitações para contratação de
obras e compra de materiais.
"Se quando são feitas licitações já aparecem possibilidades de fraude, imagina
quando não se tem a necessidade [de licitar]", disse Agapito. Segundo o secretário, a
fiscalização do órgão identificou um alto número de licitações fechadas (em que os
participantes são convidados
pela administração), que não
são amplamente divulgadas.
Também há casos em que
há demora para liberar recursos. O prefeito de Praia
Grande (290 km de Florianópolis), João Matos
(PMDB), disse que a cidade
foi a mais atingida no Estado
pelas enchentes de março de
2007 e ainda não conseguiu a
verba de R$ 3,1 milhões.
"É um atraso geral. Primeiro, demorou um mês ou
dois para reconhecerem a situação de emergência. Depois, Santa Catarina estava
inadimplente e o ministério
não pôde depositar na conta
do Estado. Concluiu-se que
deveria ser repassado para os
municípios", disse.
Segundo com Matos, agora
a prefeitura está na fase de
aprovação dos projetos de
recuperação, que precisam
ser aprovados pela Caixa
Econômica Federal.
(CA E SF)
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