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Descoberta resultou de operação em favela
da Reportagem Local
A descoberta da fábrica clandestina de armas foi resultado, diz a
polícia, de uma operação feita anteontem na favela Paulistano, no
Jardim Bandeirantes (zona sudeste de SP), que acabou na prisão de
duas pessoas acusadas de tráfico
de drogas, na apreensão de papelotes de cocaína e na descoberta de
um cadáver escondido.
A fábrica de armas seria fornecedora de munição para os suspeitos
presos na operação na favela.
A ação começou no dia 1º de junho, quando dois delegados, em
uma vistoria à favela para investigar a atuação de uma quadrilha no
local, foram recebidos a tiros. Tiveram que se jogar no chão.
"Foi muita audácia", disse o delegado Arli Antonio Reginaldo, delegado operacional da 6ª Delegacia
Seccional.
Desde então, a polícia levantou
dossiês sobre os supostos membros da quadrilha. José Hernandes
Inácio da Silva e o adolescente
H.A.S., 17, foram identificados como parte do grupo.
Segundo o delegado, os dois são
suspeitos de pelo menos um latrocínio, dois homicídios e várias tentativas de homicídio.
O desfecho da operação ocorreu
anteontem pela manhã e teve a
participação de 60 policiais civis e
20 policiais militares. Com cerca
de 40 carros, a polícia cercou a favela Paulistano e prendeu Hernandes e H.A.S. quando dormiam.
"Não disparamos um único tiro", disse ontem o delegado.
Hernandes, contra quem havia
um mandado de prisão temporária, foi acusado também por tráfico de drogas, porque, segundo a
polícia, foram encontrados em sua
casa 250 papelotes de cocaína.
Já o encontro do cadáver foi fruto
de uma informação dada pela cunhada do acusado, que teria indicado o local onde uma pessoa teria
sido assassinada por Hernandes.
Entre os moradores, a polícia localizou ainda uma testemunha que
disse ter sido obrigada a carregar o
corpo em um carrinho de mão.
Hoje, a polícia pretende voltar ao
local para procurar os corpos de
dois policiais militares que teriam
sido mortos pela quadrilha em
uma área próxima a um córrego
que corre junto à favela.
A polícia pretende agora incluir
as ruas da favela em sua ronda, para marcar presença e evitar o surgimento de outra gangue.
(RV)
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