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Grupo invade quadra de escola,
mata 1 e fere 2 em São Paulo
MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local
Um grupo de pelo menos quatro
homens, armados com pistolas automáticas, invadiu a quadra de futebol da EEPG Alfredo Paulino, na
rua Petiguari, no Alto da Lapa (zona noroeste de SP), matou um motoboy e feriu outras duas pessoas
que estavam no local na noite de
anteontem.
A quadra vinha sendo cedida para o lazer de moradores da região
havia mais de quatro anos.
Segundo funcionários da escola,
o mesmo grupo, formado por 30,
40 pessoas, na maioria ex-alunos
da escola, jogava futebol no local
todas as terças e quintas-feiras.
A vítima fatal, Antonio Teixeira
Lopes Neto, 25, frequentava o local
habitualmente com amigos.
Um deles, o supervisor de vendas
Wagner André Bonfim Moreira,
27, foi atingido por quatro tiros e
está internado em estado grave no
Hospital Santa Cecília.
O outro ferido, o ajudante Eugenio Machado da Silva, 36, foi atendido no Pronto-Socorro da Lapa.
Segundo testemunhas relataram
à polícia, os quatro homens invadiram a quadra atirando aleatoriamente, em várias direções, aparentemente sem buscar um alvo.
Lopes Neto, que estudava música, tocava cavaquinho com um
grupo de amigos quando a quadra
foi invadida. Ele morreu enquanto
recebia atendimento médico, segundo a polícia.
A polícia acredita que foram disparados em torno de 40 tiros.
Usuários da quadra e policiais militares chamados para atender o
caso apreenderam no local 33 cartuchos de munição de armas automáticas.
Grupos rivais
Segundo o delegado Antonio
Carlos Menezes Barbosa, titular do
7º DP (Lapa), os autores do crime
não visavam matar Lopes Neto ou
seus amigos.
A polícia já tem suspeitos para o
crime, que seria motivado por uma
disputa antiga entre grupos rivais,
sem nenhuma ligação com a escola, que tem classes apenas de ensino fundamental (1ª a 4ª séries) e fica fechada à noite.
"As investigações estão adiantadas e pretendemos prender os responsáveis pelo crime em breve",
disse Barbosa.
Lopes Neto e os outros baleados,
de acordo com depoimentos prestados à polícia por testemunhas,
não pertenceriam a nenhum dos
dois grupos envolvidos.
Funcionários da escola afirmaram que nunca receberam reclamações sobre os frequentadores
da quadra, que usavam o espaço
em troca da realização de pequenas reformas no local.
Esse foi o primeiro crime registrado dentro da EEPG Alfredo
Paulino, segundo funcionários.
Ontem, a escola abriu normalmente. A quadra, que não sofreu
danos com os disparos, também já
estava em uso.
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