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Rico estuda cinco anos mais
da Sucursal de Brasília
Brasil, Argentina, Costa Rica, El
Salvador e Paraguai são os países
da América Latina em que há
maior diferença entre a quantidade de anos estudados pelos 10%
mais ricos e os 30% mais pobres da
população.
Os dados fazem parte de um estudo realizado pelo BID (Banco
Interamericano de Desenvolvimento) que será divulgado no
próximo mês.
Em todos esses países, os 10%
mais ricos haviam estudado pelo
menos cinco anos a mais do que os
30% mais pobres ao completarem
21 anos de idade.
No Brasil, aos 21 anos, os 10%
mais ricos frequentam, em média,
dez anos de escola. Já os 40% mais
pobres dessa faixa etária estudam
apenas por quatro anos.
Na Argentina, os 10% mais ricos
frequentam em média 14 anos de
escola, contra oito anos frequentados pelos 30% mais pobres de
sua população.
A diferença entre os anos estudados por ricos e pobres na América Latina é consequência das altas taxas de evasão nas classes
mais baixas da sociedade de seus
países (já que poucos completam
o 1º grau), enquanto os mais ricos,
em geral, terminam o 2º grau e
prosseguem estudando até a universidade.
"O problema não é mais falta de
vagas nas escolas, porque já há hoje uma oferta compatível com a
demanda", disse Nancy Birdsall,
vice-presidente do BID.
"Só que a qualidade do ensino
oferecido nas escolas públicas está
longe de atender às necessidades
da população pobre, fazendo com
que a taxa de evasão permaneça
alta."
Embora a diferença no nível de
escolaridade entre os mais ricos e
mais pobres tenha aumentado da
década de 80 para a década de 90
em quatro países latino-americanos (Brasil, Argentina, Costa Rica
e México), a perspectiva é que haja
uma queda nos próximos anos.
Isso porque já houve uma queda
na diferença dos anos estudados
por pobres e ricos com 15 anos em
oito países, entre eles Brasil, Costa
Rica e México -onde a variação
no nível de escolaridade aos 21
anos entre pobres e ricos havia
crescido.
"Embora as conclusões do estudo sejam desanimadoras, porque
mostram que ainda há muita desigualdade no acesso à educação entre a população de toda a América
Latina, há uma nota de felicidade
que dá esperança", disse Nancy.
(DF)
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