São Paulo, sexta, 17 de julho de 1998

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Novo reitor diz que não vai renunciar

da Sucursal de Brasília

José Henrique Vilhena de Paiva, 54, reitor da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), disse ontem, após se reunir com o ministro da Educação, que não renunciará e que a saída para o impasse é o diálogo.
Ele afirmou que pretende chamar para conversar envolvidos na crise na UFRJ, mas não sabe ainda quem será nem quando.
Nomeado há dez dias, Vilhena ainda não conseguiu trabalhar na reitoria porque o prédio está ocupado por estudantes que pedem a posse do escolhido em primeiro lugar no colégio eleitoral da UFRJ, o professor Aloísio Teixeira. Vilhena, terceiro lugar na lista tríplice enviada pela universidade ao presidente Fernando Henrique Cardoso, acabou sendo o escolhido.
A decisão provocou uma crise na UFRJ. "É uma crise gerada por uma questão muito mais emocional em relação a uma decisão irrecorrível (a nomeação) e com amparo legal", disse. Ele afirmou que o primeiro passo para o entendimento "é a aceitação de que a universidade é um espaço de liberdade de idéias."
Vilhena não descartou a composição da reitoria com membros da oposição como hipótese na negociação para acabar com o impasse.
"Não sei se a questão principal é essa. Talvez a questão seja que, na universidade, ninguém pode obrigar uma pessoa a mudar de idéia. Há duas tendências na UFRJ: uma considera que ela deve se unir em torno de líderes acadêmicos para construir seu futuro. Outra, que ela deve se unir em torno das forças políticas. É necessário que as duas concepções considerem que elas têm de conviver", disse.
No encontro com o ministro Paulo Renato Souza, Vilhena assinou convênios no valor de R$ 4,8 milhões, dos quais R$ 2,7 milhões serão usados para o pagamento de dívidas da universidade. O reitor disse também que o vestibular da UFRJ acontecerá dentro do prazo previsto.



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