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Novo reitor diz que não vai renunciar
da Sucursal de Brasília
José Henrique Vilhena de Paiva,
54, reitor da UFRJ (Universidade
Federal do Rio de Janeiro), disse
ontem, após se reunir com o ministro da Educação, que não renunciará e que a saída para o impasse é o diálogo.
Ele afirmou que pretende chamar para conversar envolvidos na
crise na UFRJ, mas não sabe ainda
quem será nem quando.
Nomeado há dez dias, Vilhena
ainda não conseguiu trabalhar na
reitoria porque o prédio está ocupado por estudantes que pedem a
posse do escolhido em primeiro
lugar no colégio eleitoral da UFRJ,
o professor Aloísio Teixeira. Vilhena, terceiro lugar na lista tríplice enviada pela universidade ao
presidente Fernando Henrique
Cardoso, acabou sendo o escolhido.
A decisão provocou uma crise na
UFRJ. "É uma crise gerada por
uma questão muito mais emocional em relação a uma decisão irrecorrível (a nomeação) e com amparo legal", disse. Ele afirmou que
o primeiro passo para o entendimento "é a aceitação de que a universidade é um espaço de liberdade de idéias."
Vilhena não descartou a composição da reitoria com membros da
oposição como hipótese na negociação para acabar com o impasse.
"Não sei se a questão principal é
essa. Talvez a questão seja que, na
universidade, ninguém pode obrigar uma pessoa a mudar de idéia.
Há duas tendências na UFRJ: uma
considera que ela deve se unir em
torno de líderes acadêmicos para
construir seu futuro. Outra, que
ela deve se unir em torno das forças políticas. É necessário que as
duas concepções considerem que
elas têm de conviver", disse.
No encontro com o ministro
Paulo Renato Souza, Vilhena assinou convênios no valor de R$ 4,8
milhões, dos quais R$ 2,7 milhões
serão usados para o pagamento de
dívidas da universidade. O reitor
disse também que o vestibular da
UFRJ acontecerá dentro do prazo
previsto.
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