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VIOLÊNCIA
Segurança é acusado de assassinar a tiros dois frequentadores de estabelecimento em São Paulo
Empresários são mortos ao sair de bingo
EDUARDO DE OLIVEIRA
da Reportagem Local
O empresário Carlos Augusto
Farah Mastrorosa, 37, e seu sócio
e cunhado Marcelo Amato, 34, foram mortos a tiros na madrugada
de ontem na porta do bingo Planet, na Vila Mariana, na cidade de
São Paulo.
O segurança Renê Souza Pessoa, 26, acusado de ser o autor dos
disparos, foi indiciado pela polícia por duplo homicídio qualificado (motivo fútil). Ele estava foragido até as 20h de ontem.
De acordo com a irmã de Mastrorosa, Andréa Mastrorosa, os
sócios costumavam frequentar o
bingo às quintas-feiras depois de
jogar futebol.
Andréa afirmou que o gerente
da casa, Marcelo Rotulo, em conversa com familiares dos mortos,
disse que a causa do crime foi
uma discussão ocorrida após os
empresários terem ganho uma
rodada no bingo.
Durante a comemoração, uma
apostadora (ainda não identificada) de uma mesa ao lado iniciou
uma discussão com Amato. Testemunhas disseram que a mulher
jogou um copo na direção do empresário.
O segurança tentou conter a briga e se desentendeu com Amato,
começando outra discussão.
Ainda segundo testemunhas,
por volta da 1h, Amato e Mastrorosa decidiram ir embora. Enquanto esperavam que seus carros fossem trazidos por manobristas, o segurança abordou
Amato na porta do bingo.
Houve nova discussão e, de
acordo com testemunhas, Pessoa
disparou um tiro contra o peito
de Amato, que tentava entrar no
carro. Mastrorosa tentou defender o cunhado e foi morto com
um disparo na cabeça.
Amato foi levado pela polícia ao
pronto-socorro do hospital São
Paulo, mas não suportou o ferimento e morreu.
Segundo o delegado titular do
16º Distrito Policial, Darci Sassi,
seguranças de casas de diversão
não podem trabalhar armados.
"Vamos investigar se o segurança tinha porte de arma e se a direção do bingo sabia que ele estava
armado, para apurar responsabilidades", disse Sassi, que determinou ontem o fechamento do bingo por uma semana.
O advogado do bingo, Agnelo
José de Castro Moura, disse que a
direção da casa não sabia que Pessoa estava armado.
"O fato ocorreu fora do estabelecimento, o que foge à nossa responsabilidade", declarou.
Ontem à tarde, enquanto aguardava a liberação dos corpos no
IML (Instituto Médico Legal), o
pai de Mastrorosa, Humberto
Mastrorosa, 62, afirmou que a família vai processar o bingo.
Colaborou o "Notícias Populares"
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