São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 2000


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"Eles só queriam os malotes"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

O engenheiro eletricista Geovani Fonseca, 45, um dos passageiros do vôo 280 da Vasp, disse que os passageiros e tripulantes passaram por dois momentos de "terror" durante o assalto. Primeiro quando foi disparado um tiro e depois quando um turista chinês, apavorado, tentou abrir a porta da saída de emergência.
O engenheiro embarcou em Foz do Iguaçu. Ele iria para Curitiba para tratar de negócios.
"Achou muito estranho que cinco homens armados tenham conseguido entrar no avião", disse. Leia os principais trechos da entrevista. (JOSÉ MASCHIO)

Folha - Quando você percebeu o assalto?
Geovani Fonseca -
Dez minutos após a decolagem.

Folha - Como isso aconteceu?
Fonseca -
Eles vieram do fundo do avião. Eu só vi cinco e todos estavam de capuz. Percebi o barulho de um tiro e os homens anunciando o assalto. O que parecia ser o líder disse para que ninguém se preocupasse pois eles só queriam o dinheiro que estaria no avião. Ele pediu à aeromoça para acalmar os passageiros estrangeiros e informar que o tiro teria sido um acidente. Ele falava em português e aparentava estar calmo.

Folha - Eles sabiam do dinheiro?
Fonseca -
Tanto sabiam que pediram para o funcionário da empresa de valores se identificar. Ele entregou uma papelada e o que seria o líder olhou os papéis e disse: "Que droga! Tudo isso só por R$ 5 milhões".



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