São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011

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ALGIS WALDEMAR ZUCCAS (1929-2011)

Dr. Algis nunca deixou a Mooca

ANDRESSA TAFFAREL
DE SÃO PAULO

O sobrenome de Algis Waldemar Zuccas e sua paixão pela Mooca, na zona leste de São Paulo, podem até enganar, mas ele não é mais um descendente de imigrantes italianos que colonizaram e deram cara ao bairro.
A família mudou-se para lá em 1938, quando ele tinha apenas um ano. A grafia italianizada do sobrenome, porém, vem de outro bairro, o Bexiga, na região central da cidade, local onde Algis nasceu e que os pais escolheram para viver após fugirem da Revolução Russa, em 1917.
Influenciado pela cultura italiana, o casal trocou o "k" do nome russo por "cc".
Na Mooca, o pai de Algis reabriu o negócio que tinha na Europa: uma farmácia. O filho, que costumava ajudá-lo, acabou pegando gosto pela área da saúde e, em 1948, ingressou na Faculdade Paulista de Medicina -hoje Unifesp (Federal de São Paulo).
Logo após se formar, abriu um consultório particular ao lado da farmácia. Como nenhum de seus filhos seguiu a profissão -o que lamentava-, fechou-o neste ano, após 58 anos de atividades.
Trabalhou ainda na Secretaria Municipal da Saúde de SP, onde ajudou a implantar programas epidemiológicos, como a vacinação em massa para sarampo e meningite.
Nem nas horas de folga ele deixava o bairro, de onde nunca quis sair. Um dos fundadores do Rotary Clube Alto da Mooca, ia à associação sempre que podia.
Morreu na quinta-feira (11), aos 82, de câncer de próstata. Deixa viúva, três filhos e cinco netos. A missa do sétimo dia será hoje, às 19h30, na Paróquia de Santo Emídio, Vila Prudente, SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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