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Versão de PM para crime é desmentida por vídeo
Ele disse que vítima morreu após resistir
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO
Imagens gravadas com um
telefone celular segundos depois de um policial militar
atirar contra um homem ajudaram a desmontar a farsa
inventada pelo soldado para
tentar justificar a morte.
Na gravação é possível ouvir quando os moradores da
rua onde o crime ocorreu dizem ter sido "uma execução". A pessoa responsável
pela gravação foi ameaçada
de morte. Nove testemunhas
já foram interrogadas e também têm medo de morrer.
Eduardo Cardoso Lima,
29, foi baleado seis vezes pelo PM Dionel José Ferreira de
Mello, 42, no dia 1º de maio,
em Santo André (ABC).
Os PMs Sara Barros Souza e
Cristiano Gimenez Barreto
são investigados sob suspeita
de terem demorado para levar Lima a um hospital. O socorro teria levado 50 minutos,
apesar de eles terem chegado
ao local logo após o crime.
Na versão do PM Mello,
preso há um mês, Lima foi baleado ao atacá-lo quando ele,
fora do horário de trabalho,
deixava uma padaria.
Inicialmente, por conta da
versão dada pelo PM, o caso
foi registrado como "resistência seguida de morte". Ao investigar o caso, a Polícia Civil
descobriu a armação do PM e
o acusou de ter atirado para
se vingar de Lima por acreditar que ele havia furtado câmeras de sua casa.
A suspeita fez com que o
PM, 15 dias antes do crime, fizesse um boletim de ocorrência de ameaça. Ele disse que
Lima queria matá-lo.
FOLHA.com
Veja o vídeo gravado por
testemunha de morte
folha.com/no960697
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