São Paulo, quarta-feira, 17 de agosto de 2011

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Versão de PM para crime é desmentida por vídeo

Ele disse que vítima morreu após resistir

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Imagens gravadas com um telefone celular segundos depois de um policial militar atirar contra um homem ajudaram a desmontar a farsa inventada pelo soldado para tentar justificar a morte.
Na gravação é possível ouvir quando os moradores da rua onde o crime ocorreu dizem ter sido "uma execução". A pessoa responsável pela gravação foi ameaçada de morte. Nove testemunhas já foram interrogadas e também têm medo de morrer.
Eduardo Cardoso Lima, 29, foi baleado seis vezes pelo PM Dionel José Ferreira de Mello, 42, no dia 1º de maio, em Santo André (ABC).
Os PMs Sara Barros Souza e Cristiano Gimenez Barreto são investigados sob suspeita de terem demorado para levar Lima a um hospital. O socorro teria levado 50 minutos, apesar de eles terem chegado ao local logo após o crime.
Na versão do PM Mello, preso há um mês, Lima foi baleado ao atacá-lo quando ele, fora do horário de trabalho, deixava uma padaria.
Inicialmente, por conta da versão dada pelo PM, o caso foi registrado como "resistência seguida de morte". Ao investigar o caso, a Polícia Civil descobriu a armação do PM e o acusou de ter atirado para se vingar de Lima por acreditar que ele havia furtado câmeras de sua casa.
A suspeita fez com que o PM, 15 dias antes do crime, fizesse um boletim de ocorrência de ameaça. Ele disse que Lima queria matá-lo.

FOLHA.com
Veja o vídeo gravado por testemunha de morte
folha.com/no960697


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