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TEMPO
Serviço de recolhimento da prefeitura atendeu 219 chamadas e albergues têm 92% das vagas ocupadas
Frio mata mais 3 na Grande São Paulo
da Reportagem Local
As baixas temperaturas foram
responsáveis por mais três mortes
na Grande São Paulo. Duas ocorreram no município de Embu-Guaçu (área metropolitana de SP)
e uma no Jardim Peri (zona norte
da cidade). Com essas, já são cinco as vítimas fatais do frio desde a
chegada da massa polar, sábado.
O corpo do morador de rua Eucláudio João dos Santos, 40, foi
encontrado às 6h de ontem, em
frente a um supermercado da zona norte. As vítimas de Embu-Guaçu não foram identificadas.
Os outros dois mortos haviam
sido registrados no Brás (região
central) e em Ribeirão Preto.
A mínima ontem na capital foi
de 5,4C, repetindo a de anteontem, dia mais frio de agosto desde
94. Somente na serra da Mantiqueira houve mínimas menores
que as registradas na capital.
Atendimentos
O número de atendimentos do
Programa Gente, da Secretaria da
Família e do Bem-Estar Social,
que recolhe moradores de rua e os
leva para albergues e centros comunitários da cidade, chegou a
quadruplicar no fim-de-semana.
O programa, que centraliza as
chamadas pelo número 199, da
Defesa Civil, atendeu nas duas
primeiras semanas de agosto uma
média de 50 chamadas diárias.
De sábado para domingo foram
162 chamadas e de domingo para
segunda, 219 ligações. Os albergues da prefeitura estão com 92%
de suas 2.590 vagas ocupadas.
As 381 chamadas geraram 540
abordagens, mas apenas 98 moradores de rua aceitaram ir para um
dos 12 albergues municipais.
O índice de aceitação foi de menos de 20%. "São pessoas com a
vida tão desregrada que têm medo de tudo, medo até de tomar
banho", disse a secretária da Família e do Bem-Estar Social, Alda
Marco Antonio.
Para aumentar a aceitação, uma
das idéias da secretaria foi a criação de um convênio para que três
entidades que distribuem comida
para os moradores de rua passem
a fazê-lo em refeitórios.
"A idéia é que eles possam lavar
as mãos, comer numa mesa, ver
TV, trabalhando a reintegração
deles no convívio social", disse.
Nas duas últimas madrugadas
117 moradores de rua fugiram do
atendimento da prefeitura e 28 rejeitaram a ajuda com agressividade.
(MARCELO OLIVEIRA)
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