da Reportagem Local

Adriano José Assis, 38, só percebeu a necessidade de modificar seu estilo de vida quando levou um susto e escapou por pouco de um infarto.
Diretor de uma gráfica em São Bernardo do Campo (Grande SP), Assis conta que era extremamente estressado e não estabelecia limites para suas responsabilidades. "Minha profissão estava sempre em primeiro lugar. A família e o lazer ficavam em segundo plano", diz. "Vivia sempre ansioso e irritado com tudo e com todos."
Em 96, sentiu fortes dores no peito e no braço. "Achei que era infarto porque tenho antecedentes na família", diz.
Foi parar em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e foi submetido a um cateterismo, quando descobriram que Assis tinha uma veia parcialmente obstruída, mas, com remédios e mudança de vida, o problema poderia desaparecer.
O cardiologista que tratava de Assis sugeriu que ele passasse a ter um acompanhamento psicológico. Desde então, Assis diz que percebeu a necessidade de relaxar um pouco. "Passei a delegar funções que antes tinha necessidade de centralizar, passei a controlar meus impulsos e minha ansiedade e voltei a participar mais atentamente da vida familiar."
O paciente acredita que nunca teria conseguido reformular sua maneira de agir se não tivesse passado pelo acidente vascular. "No fundo, esse susto foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida." (PL)

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