São Paulo, quarta-feira, 17 de outubro de 2001

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IDOSOS

Comissão apontou irregularidades durante visita

Deputado vê falha da Promotoria na fiscalização de asilos no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

O deputado Marcos Rolim (PT-RS), integrante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, criticou ontem a atuação do Ministério Público do Rio na fiscalização de abrigos para idosos.
A comissão vistoriou ontem três asilos no Rio e apontou irregularidades como a coabitação de idosos doentes com sadios, funcionários despreparados, falta de afeto na relação com os pacientes, construções inadequadas e ausência de fisioterapeutas.
"Há um distanciamento do Ministério Público do Rio neste caso. Somente a Assembléia Legislativa e o Conselho Estadual do Idoso fazem a fiscalização. Diferentemente de São Paulo, onde a presença do órgão é mais atuante e as denúncias resultaram na interdição de 48 casas em sete anos e na prisão de 200 pessoas", afirmou.
Rolim disse que um dos principais problemas nos asilos do Rio é a falta de afetividade no trato dos funcionários com os idosos.
Ele contou que, durante a visita ao asilo Razão de Viver, em Realengo (zona oeste), uma senhora lhe pegou pelo braço e disse para outras pacientes que se tratava de seu filho. "Percebi o quanto era importante para ela fazer isso. Sua estima melhorou. Essas pessoas aguardam silenciosamente pela morte", afirmou.
O vice-presidente da comissão, deputado Padre Roque, disse que as casas vistoriadas não oferecem rampas para os idosos e apresentam sempre o mesmo diagnóstico para todos os pacientes.
O promotor estadual de Defesa e Cidadania, Daniel Barbosa, rebateu as críticas. Segundo ele, em um mês foram instalados três inquéritos contra asilos da cidade.


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