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IDOSOS
Comissão apontou irregularidades durante visita
Deputado vê falha da Promotoria na fiscalização de asilos no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
O deputado Marcos Rolim (PT-RS), integrante da Comissão de
Direitos Humanos da Câmara,
criticou ontem a atuação do Ministério Público do Rio na fiscalização de abrigos para idosos.
A comissão vistoriou ontem
três asilos no Rio e apontou irregularidades como a coabitação de
idosos doentes com sadios, funcionários despreparados, falta de
afeto na relação com os pacientes,
construções inadequadas e ausência de fisioterapeutas.
"Há um distanciamento do Ministério Público do Rio neste caso.
Somente a Assembléia Legislativa
e o Conselho Estadual do Idoso
fazem a fiscalização. Diferentemente de São Paulo, onde a presença do órgão é mais atuante e as
denúncias resultaram na interdição de 48 casas em sete anos e na
prisão de 200 pessoas", afirmou.
Rolim disse que um dos principais problemas nos asilos do Rio é
a falta de afetividade no trato dos
funcionários com os idosos.
Ele contou que, durante a visita
ao asilo Razão de Viver, em Realengo (zona oeste), uma senhora
lhe pegou pelo braço e disse para
outras pacientes que se tratava de
seu filho. "Percebi o quanto era
importante para ela fazer isso. Sua
estima melhorou. Essas pessoas
aguardam silenciosamente pela
morte", afirmou.
O vice-presidente da comissão,
deputado Padre Roque, disse que
as casas vistoriadas não oferecem
rampas para os idosos e apresentam sempre o mesmo diagnóstico
para todos os pacientes.
O promotor estadual de Defesa
e Cidadania, Daniel Barbosa, rebateu as críticas. Segundo ele, em
um mês foram instalados três inquéritos contra asilos da cidade.
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