Cinegrafista foi ferido; governo não sabe informar que tipo de munição atingiu coronel da PM

Funcionários do hospital Albert Einstein que se machucaram estavam em um ponto de ônibus perto do local da manifestação

LUISA ALCANTARA E SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

Um coronel da PM, um cinegrafista e até dois funcionários do hospital Albert Einstein estão entre os 25 feridos no confronto entre policiais civis e militares na tarde de ontem. Todos os feridos passam bem.
Os funcionários haviam saído do hospital e estavam em um ponto de ônibus perto do local onde ocorreu o tumulto.
Eles já receberam alta.
O coronel da PM Danilo Antão Fernandes, ferido à bala, sem gravidade. O governo chegou a divulgar duas versões sobre o tiro que o atingiu: que teria sido um tiro de pistola ou de uma bala de borracha.
O coronel é responsável por toda a corporação na zona oeste de SP e tem experiência em situação de conflito.
Ferido por uma bala de borracha, Flavio Roderley Antonio, cinegrafista da Rede Record, também foi atendido no Einstein e liberado em seguida.
Segundo o hospital, foram atendidas 13 pessoas -dez eram policiais civis e um era o coronel.
Outros cinco feridos -todos policiais civis- foram encaminhados ao hospital São Luiz, também no Morumbi.
Quatro deles foram atendidos e liberados em seguida -João Henrique Martins Alves, 34, sofreu escoriações na face; Ismael Lopes de Oliveira, 49, teve ferimentos superficiais na coxa e no braço; Jeremias Francisco Torres, 44, sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus na mão e no rosto; Domingos Rios Santana, 43, teve queimaduras de terceiro grau na região abdominal.
Apenas Felipe Wanderlei Mariano, 30, que sofreu fratura exposta na mão direita, foi atendido e levado ao hospital São Leopoldo (zona sul), onde foi operado. Para o hospital Itacolomy Butantã (zona oeste) foram cinco policiais civis, que foram logo liberados.
Outras duas pessoas foram atendidas no Hospital Universitário da USP.