São Paulo, sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Tucano tenta transferir responsabilidade, diz PT

DA REPORTAGEM LOCAL

O vereador José Américo, presidente municipal do PT em São Paulo e integrante da coordenação da campanha de Marta Suplicy, rebateu as declarações do governador José Serra (PSDB), que atribuiu o protesto a interesses político-eleitorais.
"É uma forma oportunista de tentar jogar nas costas dos partidos uma responsabilidade que é dele. Ele se comprometeu a melhorar as condições das polícias e vem embromando os caras há 30 dias. Ao frustrar as expectativas, [ele] responde da pior forma possível: com repressão, criminalizando o movimento e tentando responsabilizar os partidos."
Integrantes da coordenação de campanha da petista disseram que vão avaliar se o caso será usado na propaganda eleitoral -seja em forma de resposta a Serra ou para relatar o conflito, já que o governador é aliado e apóia a candidatura de Gilberto Kassab (DEM).
O líder do PT na Assembléia, Roberto Felício, que estava na manifestação, diz que o partido "não tem nada a ver com a greve". "São as entidades representativas e os sindicatos que organizam o movimento. Somos apenas solidários. E é o governador Serra que está partidarizando a situação, ao jogar a culpa no PT", declarou.
Felício diz que acompanhava a manifestação para tentar ajudar na abertura da negociação.
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) também criticou Serra. "Não há manipulação política. O que causou o radicalismo do movimento foram os baixos salários pagos aos policiais paulistas e o fato de o governo não negociar", disse.
A CUT divulgou uma nota dizendo que Serra transformou a PM em uma "guarda pretoriana de seu desgoverno". A central diz que repudia o "autoritarismo, a falta de diálogo, o desrespeito, a truculência fascista e a irresponsabilidade criminosa" do governo de São Paulo.
O secretário-geral da CUT de São Paulo, Adi dos Santos Lima, afirmou que "o comportamento irresponsável do governador José Serra e do secretário estadual da Segurança por pouco não provocou mortes".
A Força Sindical, por nota, criticou o governador. "A Força [Sindical] repudia com veemência o tratamento dispensado pelo governador José Serra aos policiais civis, que reivindicavam pacificamente."


Texto Anterior: Serra diz que protesto tem caráter eleitoral
Próximo Texto: Paralisação completa um mês e tem adesão até de delegados
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.