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Tucano tenta transferir responsabilidade, diz PT
DA REPORTAGEM LOCAL
O vereador José Américo,
presidente municipal do PT em
São Paulo e integrante da coordenação da campanha de Marta Suplicy, rebateu as declarações do governador José Serra
(PSDB), que atribuiu o protesto
a interesses político-eleitorais.
"É uma forma oportunista de
tentar jogar nas costas dos partidos uma responsabilidade
que é dele. Ele se comprometeu
a melhorar as condições das
polícias e vem embromando os
caras há 30 dias. Ao frustrar as
expectativas, [ele] responde da
pior forma possível: com repressão, criminalizando o movimento e tentando responsabilizar os partidos."
Integrantes da coordenação
de campanha da petista disseram que vão avaliar se o caso
será usado na propaganda eleitoral -seja em forma de resposta a Serra ou para relatar o
conflito, já que o governador é
aliado e apóia a candidatura de
Gilberto Kassab (DEM).
O líder do PT na Assembléia,
Roberto Felício, que estava na
manifestação, diz que o partido
"não tem nada a ver com a greve". "São as entidades representativas e os sindicatos que
organizam o movimento. Somos apenas solidários. E é o governador Serra que está partidarizando a situação, ao jogar a
culpa no PT", declarou.
Felício diz que acompanhava
a manifestação para tentar ajudar na abertura da negociação.
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) também criticou
Serra. "Não há manipulação
política. O que causou o radicalismo do movimento foram os
baixos salários pagos aos policiais paulistas e o fato de o governo não negociar", disse.
A CUT divulgou uma nota dizendo que Serra transformou a
PM em uma "guarda pretoriana de seu desgoverno". A central diz que repudia o "autoritarismo, a falta de diálogo, o desrespeito, a truculência fascista
e a irresponsabilidade criminosa" do governo de São Paulo.
O secretário-geral da CUT de
São Paulo, Adi dos Santos Lima,
afirmou que "o comportamento irresponsável do governador
José Serra e do secretário estadual da Segurança por pouco
não provocou mortes".
A Força Sindical, por nota,
criticou o governador. "A Força
[Sindical] repudia com veemência o tratamento dispensado pelo governador José Serra
aos policiais civis, que reivindicavam pacificamente."
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