São Paulo, quarta-feira, 17 de novembro de 2004

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Acidente poderá prejudicar 10 mil

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PARANAGUÁ

A interdição da pesca na baía de Paranaguá em razão da contaminação do mar por metanol e óleo combustível vai mexer com a renda de cerca de 4.000 pescadores. Com as famílias, o reflexo se estende a 10 mil pessoas. A conta é do presidente da Federação das Colônias de Pescadores do Paraná, Edimir Manoel Ferreira.
Ele disse considerar "precipitada" a portaria conjunta do Ibama e do IAP (Instituto Ambiental do Paraná) proibindo qualquer tipo de extração do mar.
Ferreira deu entrevista enquanto percorria, de lancha, o entorno do navio, que continuava em chamas por volta das 13h de ontem.
Apesar das barreiras de contenção, as manchas de óleo foram vistas em mangues e ilhas a 18 km do ponto do acidente. Ele, porém, defendia que só a mortandade de peixes e análises da água justificariam a proibição. "É a fase em que o peixe e as larvas estão entrando na baía. Se não entrarem, não teremos o que pescar."
O secretário do Meio Ambiente do Paraná, Luiz Eduardo Cheida, disse ontem que não há como não proibir a pesca. "O metanol é tóxico e não só para os peixes, mas para os seres humanos."
O chefe da Defesa Civil do Paraná, Maurício Genero, descartou ontem risco de novas explosões de grandes proporções. Especialistas contratados pelos donos da embarcação deverão em 60 dias relatório sobre o acidente.


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