|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Acidente poderá prejudicar 10 mil
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PARANAGUÁ
A interdição da pesca na baía de
Paranaguá em razão da contaminação do mar por metanol e óleo
combustível vai mexer com a renda de cerca de 4.000 pescadores.
Com as famílias, o reflexo se estende a 10 mil pessoas. A conta é
do presidente da Federação das
Colônias de Pescadores do Paraná, Edimir Manoel Ferreira.
Ele disse considerar "precipitada" a portaria conjunta do Ibama
e do IAP (Instituto Ambiental do
Paraná) proibindo qualquer tipo
de extração do mar.
Ferreira deu entrevista enquanto percorria, de lancha, o entorno
do navio, que continuava em chamas por volta das 13h de ontem.
Apesar das barreiras de contenção, as manchas de óleo foram
vistas em mangues e ilhas a 18 km
do ponto do acidente. Ele, porém,
defendia que só a mortandade de
peixes e análises da água justificariam a proibição. "É a fase em que
o peixe e as larvas estão entrando
na baía. Se não entrarem, não teremos o que pescar."
O secretário do Meio Ambiente
do Paraná, Luiz Eduardo Cheida,
disse ontem que não há como não
proibir a pesca. "O metanol é tóxico e não só para os peixes, mas para os seres humanos."
O chefe da Defesa Civil do Paraná, Maurício Genero, descartou
ontem risco de novas explosões
de grandes proporções. Especialistas contratados pelos donos da
embarcação deverão em 60 dias
relatório sobre o acidente.
Texto Anterior: Acidente: Navio explode, mata 2 e polui 18 km de mar Próximo Texto: Pânico dá fim à festa da padroeira Índice
|