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SAÚDE
Infecção cega 11 após cirurgia de catarata
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Ao menos 11 pessoas que se submeteram a cirurgia de catarata no
Hospital da Visão de Novo Hamburgo (RS) no dia 8 de dezembro
perderam a visão do olho operado em razão de uma infecção.
O hospital, que não sabe a origem da infecção, suspendeu as
operações no bloco cirúrgico enquanto ocorrem as investigações.
O Cremers (Conselho Regional
de Medicina do Rio Grande do
Sul) abriu sindicância -hoje fará
vistoria. O Ministério Público Estadual pediu informações, e as vigilâncias sanitárias estadual e municipal visitaram ontem o local.
O diretor técnico do hospital,
Marco Antônio Becker, que também é o presidente do Cremers,
afirmou que "a sindicância será
feita com o mesmo rigor".
As cirurgias foram feitas pelo
mesmo oftalmologista (o nome
não foi revelado) e no mesmo bloco cirúrgico, o que eleva a suspeita de infecção hospitalar. Houve
20 cirurgias pelo Sistema Único
de Saúde (SUS) no dia 8, sendo 16
na sala onde ocorreu o problema.
Quando os pacientes voltaram
ao hospital para o curativo, foram, em sua maioria, levados ao
Centro de Diagnósticos de Tratamento Ocular, em Porto Alegre,
para nova avaliação.
O hospital diz que fará análises
nos medicamentos usados e no
material intra-ocular coletado e
que os pacientes estão recebendo
acompanhamento médico.
Não há tratamento para reverter a catarata (turvamento progressivo do cristalino com a redução da luz que chega à retina); só é
possível a remoção por cirurgia.
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