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VIOLÊNCIA
Segundo testemunhas, garota de 13 anos foi presa a poste antes de ser baleada; polícia suspeita que crime seja passional
Menina é amarrada e morta a tiros no Rio
MICHEL ALECRIM
DA SUCURSAL DO RIO
Uma menina de 13 anos foi assassinada nua anteontem à noite
no complexo de favelas da Maré,
zona norte do Rio. Ontem, duas
jovens foram encontradas mortas
com tiros na cabeça em Sepetiba,
na zona oeste. Em ambos os crimes, a suspeita da polícia é que
traficantes sejam os responsáveis.
Raiane da Silva de Oliveira, 13,
foi encontrada por policiais militares por volta das 23h de anteontem com os braços amarrados para trás e sem as roupas. Testemunhas disseram que ela foi amarrada em um poste antes de ser baleada. Segundo as informações
iniciais da polícia, um traficante
conhecido como Queimado é suspeito do crime e o motivo seria
passional.
O corpo foi encontrado na antiga praia de Inhaúma, numa localidade conhecida como Morro do
Timbau. A vítima levou vários tiros. Ela foi enterrada à tarde no
Cemitério do Caju, na zona norte.
O caso foi registrado na 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso),
onde foi aberto um inquérito. A
polícia começou a chamar os familiares para depor, mas até o final da tarde de ontem ninguém tinha sido ouvido.
O comandante do 22º Batalhão
da PM (Maré), tenente-coronel
Álvaro Rodrigues, disse que há
muito tempo não são registrados
atos como esse nessa localidade.
Segundo ele, o caso aparentemente não tem relação com a prisão
do chefe do tráfico no local, Nei da
Conceição Cruz, o Nei Facão, 32,
ocorrida na semana passada.
Assassinato
O outro crime aconteceu no
bairro de Sepetiba. Ontem, pela
manhã, Catiane Oliveira da Silva,
20, e Leide da Costa Carvalho, 16,
foram encontradas mortas na
praia da Brisa.
Segundo policiais do Regimento de Polícia Montada (RPMont),
que encontraram os corpos, elas
tinham vários tiros na cabeça. A
polícia acredita que as vítimas
também tenham sido assassinadas por traficantes. O caso é investigado pela 35ª Delegacia de Polícia (Campo Grande).
Uma hipótese investigada pela
polícia é que o crime tenha relação com a morte do pai de Catiane, assassinado há um ano por ser
um matador da região. A delegacia utilizará as informações obtidas no inquérito anterior para
ajudar na investigação.
A delegacia deve convocar parentes das vítimas para depor nos
próximos dias. Por enquanto,
apenas o avô de Catiane foi interrogado, mas seu depoimento não
ajudou nas investigações.
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