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São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 2003

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CLIMA

2003 foi o terceiro ano mais quente do planeta, diz ONU

Depois de mais um dia de calor, temperatura começa a cair em SP

DA REDAÇÃO

A cidade de São Paulo teve ontem um outro dia quente, registrando 33,8C, um pouco acima da máxima registrada anteontem, de 33,7C.
De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o recorde do mês de dezembro se deu em 1998, com 35,7C.
Para hoje, a previsão do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) é chuva e declínio das temperaturas máximas na faixa leste do Estado de São Paulo, onde está a capital, causadas pela chegada de uma frente fria.
Ontem, o Rio teve o dia mais quente do ano. A temperatura máxima registrada na cidade foi de 41,4C, na praça Mauá (centro), segundo o Inmet.
Termômetros de rua chegaram a marcar temperaturas ainda mais altas, como no largo da Carioca, onde foram registrados 43C. Por causa do calor, as praias ficaram lotadas.

3º ano mais quente
O ano de 2003 foi o terceiro mais quente do planeta desde 1861, quando começaram a ser mantidos registros de temperatura.
A Organização Mundial da Meteorologia, agência de tempo da ONU, estima que a temperatura média na superfície fique 0,45C mais alta que a média. A agência trabalha com a média de 14C.
O ano mais quente foi 1998, quando a média chegou a ser 0,55C mais alta.
"O ritmo do aumento de temperatura está acelerando", disse o vice-secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.
Neste verão, boa parte da Europa foi atingida por uma onda de calor que fez exceder 40C. Na Índia e no Paquistão, 1.500 pessoas morreram em maio e junho, com temperaturas acima de 50C.
Outras partes do mundo enfrentaram condições extremas de tempo. Temperaturas na Rússia caíram para -45C em janeiro. No Peru, 200 pessoas morreram quando temperaturas caíram para -20C.
"Você não pode atribuir isso a uma só causa", disse Jarraud. "É uma interação muito complexa entre todos os elementos."
Para Jarraud, um "aquecimento global provavelmente conduzirá a eventos extraordinários com maior frequência e intensidade".


Com as agências internacionais

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