DO "AGORA"

DA REPORTAGEM LOCAL

O Passa-Rápido Pirituba-Lapa-São João contou ontem com mais ônibus, menos filas e viagens mais rápidas que anteontem, primeiro dia útil após a implantação do sistema. Nas ruas, entretanto, a falta de informação persistiu.
Enquanto sobravam fiscais nos terminais Lapa, onde há 25 agentes por turno, e Pirituba, onde há 40 por turno, nos pontos situados ao longo do trajeto a escassez de agentes provocou confusão. Nesses pontos trabalham 185 agentes por turno, mas a reportagem encontrou só três em 13 pontos observados (há 47 no corredor).
Contando apenas com as informações de um painel instalado no ponto -que mostra um mapa do corredor e as linhas que trafegam nele- e sem ter com quem tirar dúvidas, usuários penavam para descobrir se os ônibus que eles usavam até a semana passada mantiveram seus trajetos.
"Eu costumava esperar dez minutos. Hoje [ontem], estou aqui há mais de meia hora", contou a vendedora ambulante Neusa Meira, 55, que às 9h40 de ontem aguardava, na av. Ermano Marchetti, um ônibus rumo ao Cadeião de Pinheiros.
Na avenida Francisco Matarazzo, a auxiliar de escritório Maria Laura Davi, 38, dizia que, além da falta de informação, os ônibus demoravam. "Ontem [anteontem], até descobrir o ônibus que deveria usar para ir da minha casa [na Cohab-Taipas] à praça Ramos, demorei duas horas e meia. Hoje [ontem], foram duas horas."
O presidente da SPTrans, Gerson Bittencourt, diz que os agentes que trabalham fora dos terminais se concentram em pontos que alimentam os terminais, e não no trecho do terminal ao centro. Ele afirma que faltam "pequenos ajustes" no "meio do trajeto".
Entre os problemas que persistem estão a demora de alguns semáforos na avenida São João e as conversões dos ônibus na rua Clélia, onde eles mudam de faixa. Bittencourt diz que o número de reclamações ao 156 aumentou menos de 3%.


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