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Pela 2ª vez, cai total de mortes violentas
DA SUCURSAL DO RIO
O IBGE detectou nos últimos
dois anos uma inversão na tendência de aumento da mortalidade por causas violentas no país.
Depois de um aumento desde o
início dos anos 90 que atingiu seu
pico em 2002, o número de brasileiros que morreram por causas
não-naturais caiu de 2002 a 2004.
No ano passado, as estatísticas
de registro civil indicavam que
105 mil brasileiros morreram de
causas como homicídios, acidentes de trânsito, suicídios ou outras
não-naturais. Em 2002, esse número foi de 112 mil mortes. Há
dez anos, no entanto, esse patamar estava em 98 mil.
Como esse tipo de morte afeta
principalmente os jovens do sexo
masculino, uma outra maneira de
detectar essa leve queda é analisando a taxa de mortalidade por
causas violentas na população
masculina de 15 a 24 anos. Em
2004, essa taxa era de 137,4 mortes
por grupo de 100 mil habitantes.
Em 2002, era de 151,1, uma redução de 13,7 pontos no período.
"Sendo um pouco otimista, podemos afirmar que pode estar se
iniciando uma leve tendência de
declínio da mortalidade por causas violentas em quase todas as regiões. É o segundo ano consecutivo que essa queda ocorre, mas o
fato é que ainda está num patamar muito alto", diz o demógrafo
do IBGE Celso Simões.
A redução na taxa não ocorreu
de maneira igual em todos os Estados. São Paulo, por exemplo, foi
o que conseguiu a segunda maior
redução, atrás apenas do Amapá,
que, por ter população menor,
apresenta taxas mais suscetíveis a
variações de um ano para o outro.
No caso de São Paulo, a taxa de
homens de 15 a 24 anos mortos
por causas violentas em 2002 era
de 233,9 por 100 mil. Dois anos
depois, ela caiu para 177,1 por 100
mil. Mesmo com a redução, o Estado continua com um padrão alto de mortalidade, o quinto maior
entre as unidades da Federação.
O Estado onde essa taxa é mais
elevada é o Rio. Apesar de ter reduzido de 270,3 por 100 mil para
225 por 100 mil no mesmo período, os fluminenses continuam liderando o ranking da violência
entre homens jovens.
Apesar de essas taxas serem
maiores em Estados do Sudeste, a
pesquisa do IBGE mostra que alguns Estados do Norte têm padrão altíssimo de mortalidade jovem masculina (como Rondônia,
Roraima e Amapá) e que, de 2002
para 2004, houve crescimento
desta taxa no Nordeste e no Sul.
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