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Policial morre em assalto no Morumbi
PM estava de folga e surpreendeu a ação dos bandidos; houve troca de tiros e os assaltantes fugiram
DO AGORA
O soldado da Polícia Militar
Jânio Ribeiro Lopes, 25, foi
morto na noite de anteontem
durante um assalto numa residência na rua Carlos Cyrillo Júnior, no bairro do Morumbi (na
zona oeste de São Paulo).
Segundo depoimento de uma
das vítimas, que não quis se
identificar, sua filha foi rendida
por três homens armados
quando chegava em casa, por
volta das 22h de sexta-feira. Os
homens entraram e fizeram toda a família refém. A casa pertence a um médico.
Durante a ação os bandidos
roubaram jóias, DVD, celulares
e dinheiro. A família não informou o valor que foi levado.
Na saída eles pegaram uma
das vítimas, um pastor evangélico, para servir de refém.
Quando os homens se preparavam para sair foram surpreendidos pelo PM, que passava pelo local e desconfiou da movimentação estranha na casa.
"Ele deu voz de prisão, mas
os bandidos reagiram e começou a troca de tiros", disse a vítima, mulher do médico.
Lopes, que estava de folga, foi
baleado e os bandidos fugiram
num Corsa prata, sem levar o
refém. A polícia diz que um dos
assaltantes pode ter sido ferido
durante a troca de tiros. Um
dos disparos atingiu a guarita
de uma casa vizinha. O vidro
blindado ficou estilhaçado.
Até o final da tarde de ontem
ninguém havia sido preso. O
policial foi levado para o pronto-socorro do hospital Albert
Einstein, localizado no mesmo
bairro onde ocorreu o assalto,
mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Lopes fazia parte do regimento de polícia montada. Há
informações extra-oficiais de
que ele fazia "bico" como vigia
no bairro.
Câmeras
A residência assaltada possui
sistema de vídeo. A polícia não
informou, entretanto, se as câmeras registraram o momento
do crime, ou se elas são usadas
para monitoramento.
Visivelmente abalada, a vítima deu a entrevista pela janela
do portão da garagem. "Nossa
família está muito assustada
com a situação. Sentimos muito pela morte do policial", disse.
Ela fez um discurso indignado com a falta de segurança.
"Meu marido é médico e trabalha salvando vidas. Os assaltantes acham que plantamos dinheiro. Este é um país de injustiças", afirmou.
(FABIANO NUNES)
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