São Paulo, sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

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OAB quer impedir que praças suspeitos de matar adolescente virem policiais

RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA

Os alunos do Cfap (Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças) de Pernambuco que estão sendo investigados por participar de agressões a um jovem de 13 anos, que morreu no domingo em uma festa pré-Carnaval em Recife (PE), vão se formar na próxima semana. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) quer impedir que os alunos virem PMs.
O presidente da OAB de Pernambuco, Jayme Asfora, disse, em nota, que, "pelas evidências, [eles] não têm qualquer preparo psicológico e profissional".
Segundo familiares de Denis Henrique Francisco dos Santos, sete policiais tentavam conter uma briga durante a festa e começaram a bater e agredir o adolescente, apesar de ele não fazer parte da confusão. Ele morreu antes de chegar ao hospital. Segundo o laudo do IML (Instituto Médico Legal), a causa da morte foi asfixia.
As cerimônias de formatura dos 540 novos policiais acontecem na segunda e na terça, segundo o comandante do Cfap, tenente-coronel Aldo Batista do Nascimento.
Segundo Nascimento, eles receberam diversos elogios de toda a cidade durante o mês de estágio e os 52 alunos que participaram do evento no domingo, sob comando do 13º Batalhão da PM, continuam trabalhando, estão motivados e lamentam o ocorrido.
Familiares que estavam com o garoto na festa e outras testemunhas tentaram identificar ontem os autores das agressões por meio de fotos. O advogado que representa a família do garoto disse que alguns agressores já foram reconhecidos.


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