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EFEITO VIOXX
Merck diz que inibidores de COX-2 estão sob suspeita durante painel da agência de fiscalização americana; Pfizer rebate
Laboratórios divergem sobre segurança de remédio
DA REUTERS
Os laboratórios farmacêuticos
concorrentes Pfizer Inc. e Merck
& Co. Inc. apresentaram pontos
de vista conflitantes sobre o riscos
de seus analgésicos a especialistas
que participam de um painel sobre a segurança das drogas organizado pela FDA, a agência norte-americana responsável pela fiscalização de alimentos e remédios.
A Merck informou que outros
remédios da classe do seu produto Vioxx, conhecida como inibidores de COX-2, também aumentam os riscos de problemas cardiovasculares.
A Pfizer respondeu que problemas como ataque cardíaco e derrames relatados em pacientes que
utilizaram Vioxx manifestam-se
de maneira distinta na classe dos
inibidores de COX-2. O laboratório comercializa dois medicamentos da classe, Celebra e Bextra. "Os riscos podem ser diferentes entre os componentes da classe", afirmou Kenneth Verburg,
vice-presidente da Pfizer.
A Merck retirou voluntariamente seu medicamento Vioxx
do mercado após um estudo que
mostrou que a droga dobrou o
risco de ataque cardíaco e derrame em pacientes que a utilizaram
por no mínimo 18 meses.
Após a retirada do Vioxx do
mercado, cresceram as suspeitas
também sobre o Celebra e o Bextra e sobre antiinflamatórios tradicionais como o naproxeno.
No painel que termina hoje, o
FDA consulta dois comitês de especialistas independentes para saber se o Celebra e o Bextra oferecem benefícios suficientes para
continuar no mercado, se necessitam de avisos mais incisivos sobre
os seus riscos e quais pesquisas serão necessárias no futuro.
Arcoxia
O estudos disponíveis apontam
fortemente que toda a classe de
inibidores de COX-2 pode causar
problemas cardiovasculares, afirmou ao FDA Ned Braunstein, um
dos diretores da Merck.
Apesar disso, a Merck continua
tentando aprovar um outro inibidor de COX-2 nos EUA, chamado
Arcoxia, já aprovado em 51 países, entre eles o Brasil. A empresa
informou que os pacientes norte-americanos necessitam de novas
alternativas de analgesia.
Os dois laboratórios destacaram que pouco se sabe sobre a segurança cardiovascular dos analgésicos mais antigos, o que torna
difícil saber se são mais seguros.
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