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TRÂNSITO
Laudo do IPT aponta a necessidade de estender a reforma das galerias de águas pluviais a mais 240 metros de via
Rebouças só deve ser liberada no 2º semestre
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
As interdições no trânsito do
corredor Eusébio Matoso/Rebouças já não têm nem mais prazo
para acabar em razão da reforma
nas galerias de águas pluviais na
região do túnel sob a Faria Lima,
cujo término dificilmente se dará
neste primeiro semestre de 2005.
O prefeito de São Paulo, José
Serra (PSDB), recebeu ontem um
novo laudo do IPT (Instituto de
Pesquisas Tecnológicas) que
aponta a necessidade de reconstrução das tubulações num trecho
de mais 240 metros, entre a rua
Diogo Moreira e a av. Brig. Faria
Lima, que também será alvo de
bloqueios parciais ao tráfego e no
qual foram constatadas deformações por conta da utilização de
material plástico, sem resistência,
em vez de concreto -havendo,
assim, ameaça de se romper.
Uma falha classificada por Serra
de "elementar", "inacreditável".
A obra foi contratada pela administração Marta Suplicy (PT) com
prazo contratual até meados de
2005, mas teve sua entrega em setembro de 2004, depois de causar
bloqueios no trânsito por mais de
oito meses. O tucano vê "finalidades puramente eleitorais".
A inundação em dia de chuva
do túnel recém-inaugurado levou
Serra a formar uma equipe de técnicos para avaliar os sistemas de
drenagem. Ontem à tarde, quando dava entrevista sobre as novas
obras, a chuva levou a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego)
a bloquear mais uma vez a entrada na passagem subterrânea.
Um trecho de cem metros da av.
Eusébio Matoso já começou a ter
sua galeria de águas pluviais reformada há um mês, mas não deve ser concluído antes de duas ou
três semanas, segundo Antônio
Arnaldo, secretário de Infra-Estrutura e Obras. Ele afirma que a
segunda etapa do conserto, em
mais 240 metros da via, não deve
demorar menos de 90 dias.
O cronograma ainda será divulgado pela gestão tucana, mas Vitor Aly, diretor de obras da
Emurb (empresa responsável pela construção do túnel), já considera esse prazo "muito difícil" de
ser atingido. "Essa seria uma situação ideal, mas eu não arriscaria menos de 120 dias", afirma.
Além dessa expectativa pessimista para a reforma dos problemas já detectados, que está sendo
feita de dia devido a reclamações
de moradores, as interdições no
eixo Eusébio Matoso/Rebouças
dificilmente irão acabar neste semestre até porque ainda será concluído um relatório do IPT sobre
um terceiro trecho, entre a Faria
Lima e a Pedroso de Moraes, que,
diz Arnaldo, "provavelmente"
também vai requerer obras.
"O custo da galeria não chega a
2% do valor da obra. Era uma
obra simples, marginal, que está
trazendo todo esse problema."
Rotas alternativas
Desde que as reformas nas galerias pluviais em cem metros da via
começaram, há um mês, os carros
são obrigados a se espremer num
espaço de 5,7 metros, 3,4 metros a
menos que a situação normal, já
que a faixa exclusiva dos ônibus
foi interrompida para as obras.
As interdições para a continuidade do conserto, a partir do mês
que vem, serão semelhantes às
atuais, mas devem abranger um
trecho maior, próximo de 200
metros, entre a Diogo Moreira e a
Faria Lima -e as obras serão desviadas da pista central para a lateral, no sentido centro-bairro.
O presidente da CET, Roberto
Scaringella, afirma que a situação
do trânsito deve ficar mais complicada do que no último mês em
razão da volta às aulas. Ele recomenda que os motoristas evitem a
área e utilizem trajetos alternativos pelas pontes Cidade Jardim e
Cidade Universitária.
O secretário Antônio Arnaldo
afirmou que também será feita a
construção de uma grande sarjeta
na av. Rebouças, na altura da Pedro de Moraes, para evitar a entrada de água no túnel. A obra será realizada no feriado da Páscoa.
Segundo ele, também será feita
uma avaliação do túnel da av. Cidade Jardim. O prefeito disse ontem que não havia recursos suficientes nas operações urbanas para bancar as obras dos túneis.
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