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Suspeitos teriam rondado o fórum de Prudente
EDUARDO SCOLESE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE
A Polícia Civil de Presidente
Prudente já possui relatos de testemunhas, entre elas funcionários
do próprio fórum da cidade, de
que um dos dois homens suspeitos (cujos retratos falados circulam pelo Estado) pela morte do
juiz-corregedor Antonio José Machado Dias tinha o hábito de "circular estranhamente" em torno
do fórum nas últimas semanas.
A informação foi passada à
Agência Folha por pessoas que estiveram reunidas ontem na sede
da Polícia Civil da cidade com a
delegada Ieda Maria Cavalli, responsável pelas investigações. Passaram por lá policiais federais, juízes e promotores públicos.
A Polícia Civil de Presidente
Prudente, dizendo estar recebendo ordens da Segurança Pública
do Estado, não quis falar sobre o
andamento das investigações.
Segundo a delegada da Polícia
Federal, Lúcia Machado Castralli,
os 24 policiais do Comando de
Operações Táticas permanecerão
no município até o término das
investigações. "Estamos dando
apoio nas tarefas que a Polícia Civil têm dificuldade ou deficiência.
Por enquanto não existe a necessidade de reforço", disse.
O juiz Machado Dias apreciava
cerca de 5.000 pedidos de benefícios para presos por ano, segundo
o procurador do Estado Mohamed Ali Sufen Filho. O procurador coordena a assistência jurídica gratuita em seis presídios da região de Presidente Prudente.
A "maioria" dos pedidos analisados pelo juiz, entre concessões
de regime semi-aberto e progressões de pena, eram negados, de
acordo com relato do procurador.
No entanto, ressalta Sufen Filho,
esse procedimento é comum entre juízes-corregedores e não seria
o motivo para o assassinato.
"O doutor Machado Dias tinha
personalidade própria, era um
juiz que cumpria a lei, seguia normas", disse o procurador, que é
responsável pela análise dos recursos dos presos depois que seus
pedidos são negados.
Beira-Mar
Os advogados do traficante Luiz
Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, entraram com
mandado de segurança no STJ
(Superior Tribunal de Justiça) na
tentativa de que ele deixe o presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes (SP) e volte à
penitenciária de Bangu 1.
O ministro Gilson Dipp, designado relator do mandado de segurança, examinará pedido de liminar. Os advogados de Beira-Mar argumentam que o ministro
da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, só poderia ter autorizado a
transferência após ouvir a Vara de
Execuções Penais do Rio de Janeiro, o que não teria ocorrido.
Segundo os advogados Lydio
Hora Santos, Wellington Costa Jr.
e Marco Aurélio Santos, a transferência foi decidida em reunião
política em que estavam presentes, entre outros, a governadora
do Rio, Rosinha Matheus, e o ministro da Defesa, José Viegas.
Colaborou a SUCURSAL DE BRASÍLIA
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