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O prefeito de SP, Celso Pitta (PPB), durante entrega de obra ontem

da Reportagem Local

O prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PPB), afirmou ontem que a administração vai suspender o contrato com a empreiteira Enterpa, caso fiquem comprovadas as denúncias de que a empresa pagou propina para funcionários da Administração Regional da Penha.
Das quatro empreiteiras que fazem o serviço de limpeza e coleta de lixo, a Enterpa responde pela maior área da cidade, incluindo quase toda a zona sul de São Paulo e trechos das zonas oeste e leste. "Se isso for comprovado, esse contrato será suspenso imediatamente", afirmou o prefeito.
Celso Pitta negou ontem que o seu partido esteja passando por crise após o estouro das denúncias de corrupção nas regionais controladas por políticos da base governista e da instalação de CPI.
"O partido está em um processo de reciclagem, decorrente de uma situação de campanha em que ele não foi bem sucedido na capital. Não é exatamente uma crise. Isso é natural no processo democrático", disse Pitta.
As declarações foram feitas pela manhã, durante entrega da reforma da praça Desembargador Mário Pires, que fica na esquina das ruas Consolação e Martins Fontes com a avenida São Luís. Durante o dia, mais dois vereadores saíram do partido -elevando para cinco os parlamentares que deixaram a legenda (um deles expulso), desde o início das denúncias.
Nenhum vereador compareceu à cerimônia, que costuma contar com a presença de vereadores governistas. O prefeito negou que a ausência signifique distanciamento do Legislativo da prefeitura.

Pitta fica
O prefeito também negou especulações de que pretende trocar o PPB pelo PMDB para concorrer às próximas eleições municipais. O boato vem crescendo desde que o PFL, que fez coligação com o PPB na última eleição, começou a perder espaço dentro da prefeitura.
A aproximação de Pitta com outro partido ganhou mais força depois que secretários municipais deixaram recentemente a administração e foram substituídos por pessoas ligadas ao PMDB.
Pitta voltou a dizer que pretende retomar o controle das administrações regionais, mas não anunciou medidas concretas ontem.
(GONZALO NAVARRETE)

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